Será encaminhada uma equipe de 20 homens, além
de um caminhão-oficina e uma escavadeira hidráulica
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Após um novo vazamento na adutora da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) detectado na manhã desta sexta-feira, a Sabesp atendeu ao pedido do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), e irá ajudar a autarquia no conserto.
A Sabesp encaminhará uma equipe de 20 homens, além de um caminhão-oficina e uma escavadeira hidráulica. A equipe fará uma avaliação no local e ficará trabalhando ininterruptamente até que o abastecimento dos 320 mil moradores afetados seja restabelecido. Segundo a assessoria da Sabesp, também foram enviados 11 caminhões-pipa para abastecer bairros próximos à divisa com Ribeirão Pires, cidade atendida pela autarquia estadual.
Na noite de ontem os trabalhos na adutora haviam sido finalizados e, por volta das 8h desta sexta-feira, as bombas foram religadas, mas a forte pressão da água rompeu a emenda e ocorreu um novo vazamento. Segundo o site da Sama, a reposição da junta mecânica deverá acontecer no período da tarde, contudo, ainda não há previsão para as torneiras voltarem a receber água.
A Prefeitura de Mauá irá pedir ajuda aos municípios vizinhos para que enviem caminhões-pipa para suprir a demanda de água nas unidades de saúde e nos hospitais, uma vez que a cidade só possui cinco caminhões.
A falta d'água também prejudica as escolas municipais. Segundo a administração, as unidades Samir Auada, no bairro Guapituba e João Rodrigues, no Jardim Itaiutu, suspenderam as aulas hoje.
Embora haja relatos de pais de alunos das escolas estaduais Professora Olinda Furtado de Albuquerque Cavalcante, Professora Maria Terezinha Jorge Amorim e Bairro Feital de que as aulas foram suspensas pelo desabastecimento, a Secretaria da Educação do Estado nega.
De acordo com nota oficial, a Diretoria Regional de Ensino de Mauá está abastecendo com caminhões-pipa as unidades que foram afetadas pela falta de água no município. "Vale ressaltar que não houve registro de suspensão de aulas nas escolas estaduais locais. As equipes gestoras das unidades receberam a orientação de racionalizar o uso da água. Porém, em algumas unidades houve baixa frequência de alunos", diz o texto.
Água disputada -Com as torneiras secas há quatro dias, a população busca alternativas para suprir suas necessidades, como lavar roupas e louças, tomar banho ou mesmo usar o banheiro. Bicas e poços são disputados. No Jardim Columbia, a fila de moradores para extrair água de uma bica na Rua Antônio do Carmo é imensa, dia e noite. "Chegamos a ficar mais de duas horas esperando para encher os baldes", diz a dona de casa Maria Lucia da Silva, 50.
Na casa da operadora de caixa Mara de Souza, 28, a louça se acumula na pia e a roupa no tanque. "A casa está suja, os mosquitos estão em todo lugar. Tenho um bebê de oito meses, a situação está crítica. Pegamos água de uma bica, mas não é suficiente", desabafa. Na cidade, o pedido da população é por caminhões-pipa, para aliviar o sofrimento. Mas o Sama já avisa que atender a todos é impossível. De acordo com a autarquia, os únicos cinco veículos disponíveis continuam a abastecer somente creches, unidades de saúde e o hospital Dr. Radamés Nardini.
Procon - O Procon-SP notificou nesta sexta-feira o Sama a prestar esclarecimentos sobre o rompimento da adutora. O órgão quer saber quais as causas do rompimento, quais as providências serão adotadas, quando o abastecimento será retomado e como os consumidores serão ressarcidos por eventuais prejuízos.
Aqueles que tiverem dúvidas ou quiserem fazer uma reclamação podem procurar o Procon local ou um dos canais de atendimento da Fundação Procon. O telefone de contato é o 151 (apenas para a Capital paulista).
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