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FMI quer ajuda da OIT para diminuir desemprego
Do Diário do Grande ABC
12/10/1999 | 19:45
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O Fundo Monetário Internacional quer a colaboraçao do movimento sindical para frear o crescente problema do desemprego. "Estamos trabalhando cada vez mais com a Organizaçao Internacional do Trabalho (OIT) que já faz parte da comissao de iniciativas, recentemente reorganizada. E, no futuro, esperamos intensificar nossa relaçao", disse o vice-diretor do FMI, Stanley Fischer, em uma conferência, realizada há alguns dias, sobre o papel dos trabalhadores na nova economia internacional. A transcriçao da conferência organizada pelo FMI foi divulgada nesta terça-feira em Washington.

A OIT calcula que a queda da atividade econômica global afetou 9,5% da força de trabalho da América Latina, onde o desemprego atinge 18 milhoes de pessoas. Segundo a OIT, o índice de desemprego na Colômbia é de 19,5%; na Argentina e Venezuela, de 15,6%; no Uruguai, de 12,5%; no Peru, de 9,8%; no Chile, de 9,5% e no Brasil, de 7,8%. A organizaçao mundial do trabalho considera que para reduzir esses níveis seria necessário um crescimento econômico de 5% a 6%. Mas os cálculos do FMI indicam que, este ano, a economia na regiao crescerá apenas 2%.

Eddy Lee, diretor de análises da OIT, preveniu o FMI contra a tentativa de regular em excesso o movimento sindical para ajustá-lo a algumas teorias de desenvolvimento. E disse que o "mesmo raciocínio nos levaria a negar ao indivíduo a liberdade de formar empresas porque existem problemas no setor empresarial". Por sua vez, Fischer falou que "se deve dispor de redes de segurança social apropriadas antes de a crise econômica se instalar, pois a experiência demonstra que depois da situaçao criada é muito difícil controlá-la. O melhor que o FMI pode fazer é vigiar a situaçao em cada país, pois saber o que está acontecendo é extremamente útil e necessário, mas ao mesmo tempo difícil", concluiu o vice-diretor do FMI.




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