Na terça, em meio à crise gerada pela ação judicial que pode sofrer por corrupção, Sharon anunciou que submeteria o plano de desocupação à apreciação de seu partido, de direita, antes de encaminhá-lo ao Parlamento.

O Likud tem 200 mil membros, que votarão o plano em meados de abril, depois que o premiê voltar de uma viagem aos EUA. Os palestinos temem que a retirada da Faixa de Gaza seja um artifício para anexar grandes partes da Cisjordânia, áreas em que eles desejam construir um futuro Estado.

Previsões - Apoiado pelos indícios favoráveis entre os membros da base de seu partido, Sharon poderá facilmente dobrar a resistência dos ministros e obter o aval para o seu plano de retirada, sobretudo se também conseguir o apoio norte-americano.

Segundo os meios de comunicação de Israel, os emissários de Sharon conseguiram um compromisso da administração Bush sobre o traçado do muro de segurança que está sendo construindo na Cisjordânia.

O ministro das Finanças, Benjamin Netanyahu, principal rival de Sharon dentro do Likud, exigiu um princípio de acordo dos norte-americanos sobre o traçado do muro em troca de seu apoio ao plano de separação.

Ainda de acordo com a imprensa, Bush estaria disposto a apoiar Israel diplomaticamente e por motivos de segurança, e a conceder ajuda para o desenvolvimento do deserto de Neguev (sul).