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Novo premiê jáponês deverá ser nomeado nesta 4ª
Do Diário do Grande ABC
04/04/2000 | 12:18
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Yoshiro Mori deve ser nomeado pelos deputados, na tarde desta quarta-feira, como o novo chefe do Executivo. O governo japonês demitiu-se esta terça-feira para preencher o vazio criado pela doença do primeiro-ministro Keizo Obuchi, que será sucedido esta quarta-feira por outro peso pesado do partido conservador.

Mori, um ex-jornalista e ministro de 62 anos, foi colega de Universidade de Obuchi, que se encontra entre a vida e a morte em uma unidade de cuidados intensivos de um hospital de Tóquio, depois de ter sofrido um derrame cerebral no domingo passado.

Esta transiçao, que se anuncia rápida, responde aos desejos da imprensa, que de forma unânime pediu na manha desta terça-feira que ``o processo de seleçao (do primeiro-ministro) se realize sem demora', segundo Yomiuri, o principal jornal japonês. A substituiçao é ``urgente', insistia, por sua parte, Asahi Shimbun, ao mesmo tempo que pedia um sucessor ``com uma visao a longo prazo, qualidades de dirigente e força física e mental'.

Para isso, a formaçao política majoritária, o Partido Liberal Democrata (LDP) se reunirá na manha de quarta-feira para eleger seu novo presidente que, segundo a tradiçao, se converte no primeiro-ministro. Os deputados deverao aprovar a eleiçao à tarde. Se sua nomeaçao for confirmada, Yoshiro Mori deverá retomar quase o mesmo governo formado por Obuchi, segundo fontes citadas pela agência Jiji. Esta reconduçao lhe permitirá preparar as próximas eleiçoes legislativas, que poderao ser antecipadas para maio ou junho, ao invés da data prevista, outubro. O provável novo primeiro-ministro é um puro produto do PLD, no qual ascendeu pouco a pouco durante 30 anos. Reeleito dez vezes deputado desde 1969, foi três vezes ministro, da Educaçao e da Construçao. Desde 1998, Mori havia demonstrado, como número dois do partido, sua fidelidade a Obuchi, especialmente convertendo-se numa das pedras angulares da fomraçao de uma coalizao tripartite de centro-direita de outono. No hospital Juntendo, Obuchi encontra-se acompanhado de sua esposa e seus três filhos, depois da chegada, na madrugada desta terça-feira, de sua filha mais nova, 26 anos, procedente de Londres, onde estuda. Os médicos foram muito reservados sobre suas possibilidades de sobreviver. ``O coma em que se encontra pode levar à morte cerebral', advertiu Ryoichi Ishikawa, chefe do serviço médico.




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