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Uso da internet afeta trabalho e estudo
Alexei Tomassi
Samanta de Oliveira Carvalho
18/10/2009 | 08:19
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O uso das ferramentas da internet é, ultimamente, um dos meios mais comuns da comunicação em corporações. Essas ferramentas podem tanto ajudar quanto atrapalhar o desempenho do funcionário no dia a dia. Poucos são os chefes que enxergam as novas tecnologias como aliadas.

Em muitos lugares, empresas já perceberam que os funcionários ficam mais tranquilos e economizam tempo quando possuem acesso livre à internet. É como se houvesse um ponto em comum entre os interesses das empresas e dos funcionários.

Nos EUA, 54% das empresas bloqueiam redes de relacionamento. Pesquisa divulgada no início deste mês pela consultoria Robert Half Technology apontou ainda que 19% das empresas liberam as redes sociais para negócios e 16% admitem o uso pessoal. No mundo, mais de 272 milhões de pessoas se comunicam por meio de redes sociais.

No Brasil, a média de tempo gasto semanalmente em sites de caráter pessoal no trabalho é de duas horas por semana, cerca de 23 minutos por dia, resultado abaixo da média da América Latina, segundo recente pesquisa da Websense, empresa especializada em segurança na internet. Serviços de mensagens instantâneas correspondem a cerca de 36% dos acessos.

Na pesquisa Ibope Mídia divulgada na última semana, por meio do estudo Conectmídia realizado em São Paulo, 45% das pessoas acreditam que as redes sociais já fazem parte da rotina. Este índice é de 72% entre jovens de 18 a 24 anos e 49% para o público masculino.

A convergência entre as mídias também explica o sucesso das redes sociais para propagação dos mais diferentes tipos de informações. A pesquisa revelou que quase 50% dos entrevistados acessam a web enquanto assistem televisão ou escutam rádio.

Além dos usuários, diversas empresas também viram nas redes sociais oportunidade de promoção, como recentemente aconteceu com o Ministério do Turismo. A Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) usou redes de relacionamento como o Facebook, Twitter, Hi5 e Fickr para lançar o Brasil no mercado internacional. A criação desses perfis tem como objetivo aumentar a propagação das informações sobre o País no mundo.

O uso consciente dessas novas mídias também pode ajudar muito a alinhar a vida pessoal e profissional. A dentista homecare Beatriz Kunze acredita que as novas tecnologias vieram "para ser uma mão na roda". Ela utiliza seu smartphone para levar livros e até os exames dos pacientes que atende.

"Computadores tomam muito tempo, algo que para mim é precioso. Perdemos muito tempo com trânsito, deslocamentos, filas, esperas. Num dia normal de trabalho, meu smartphone fornece todas as ferramentas que preciso de forma instantânea", afirma a dentista, que alega não ter horas ociosas com o uso do aparelho. "Com ele, as possibilidades de dispersão também são mínimas. Resultado: o trabalho rende mais e não preciso fazer hora extra de noite. Sobra mais tempo para mim mesma", afirma.

Com a mobilidade, Beatriz ainda arranja tempo para gerenciar um site e redes sociais. Ela também é consultora em tecnologia móvel, palestrante e comentarista de rádio.




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