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Maior parte das pessoas não usa sacolas retornáveis
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
25/08/2010 | 07:13
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Apesar das redes supermercadistas registrarem avanço na venda de sacolas retornáveis, 71% dos consumidores que possuem ecobag não usam o objeto na hora de ir às compras, mostra levantamento da empresa de confecção Gatto de Rua, feito com 1.064 pessoas em pontos de venda no mês passado.

Para a diretora de marketing da fabricante, Elaine Guapo, a praticidade foi apontado pelos consumidores como principal motivo para utilizar a sacola, enquanto a consciência ecológica aparece em segundo plano. "Muitos esquecem a ecobag ou não acham a sacola prática de carregar."

A executiva afirma que apenas entre janeiro e julho foram produzidas aproximadamente 30 mil unidades de ecobag, incremento de 30% quando comparado ao mesmo período de 2009. Elaine observa que neste ano muitos supermercadistas estão buscando modelos de sacolas ecológicas para comercializar em suas unidades.

PERFIL
As mulheres são as que mais utilizam as ecobags, representando 83% dos consumidores. As idas aos supermercado correspondem a 68% do uso, seguido por quitandas (23%) e outros estabelecimentos (9%).

O levantamento também identificou que o fato das pessoas usarem os sacos plásticos em latas de lixo é um dos principais motivos que emperram a adesão ao outro modelo de sacolinha.

A professora Neusa Carvalho Pires, 63 anos, apoia a utilização das ecobags. Ela diz recusar sacolinhas oferecidas pelos estabelecimentos, tanto que usa sua sacola retornável toda vez que vai ao supermercado.

"Nem sequer levo para casa os saquinhos do supermercado. Uso minha sacola retornável e compro sacos de lixo para descartar os resíduos", afirma Neusa.

O INC (Instituto Nacional do Plástico) criou o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, estabelecido com as varejistas para educar funcionários e clientes e incentivá-los a reduzir o uso de sacolinhas.

A meta até 2013 é diminuir o consumo do material em 33%. Em 2007 foram 17,9 bilhões de unidades negociadas e para 2013 espera-se volume de 12 bilhões.

Para se ter ideia, com o programa foi possível economizar em dois anos R$ 58 milhões na compra de sacos. De 2009 para 2010, por exemplo, espera-se economia de 1 bilhão de unidades.

LEGISLAÇÃO
De acordo com a diretora da Gatto de Rua, uma das maneiras de reduzir o uso dos sacos é a adoção de leis que forcem médias e grandes redes a não distribuírem o material. "A partir de 1º de outubro os lojistas serão proibidos de conceder sacolas plásticas aos clientes", acrescenta Elaine.

Cobrar pela unidade ou investir em modelos mais práticos também são outras alternativas enumeradas pela executiva.




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