O Brasil é o maior sócio comercial da China na América Latina, destacou Hu, recordando ao mesmo tempo que os vínculos entre os dois países desenvolvem-se tranqüilamente desde o estabelecimento das relaçoes diplomáticas, há 25 anos, segundo a agência oficial Xinhua.

"Os dois paíes concordam que a multipolarizaçao é inevitável e defendem uma nova ordem econômica e política razoável", destacou Hu. China e Brasil "estao comprometidos com a promoçao da paz e o desenvolvimento", acrescentou.

Desde que conseguiram um acordo sobre aliança estratégica em 1993, aconteceram freqüentes intercâmbios de visita entre líderes chineses e brasileiros. Os dois países colaboraram na construçao e lançamento de um satélite posto em órbita em outubro passado.

Marciel destacou que o desenvolvimento da cooperaçao entre Pequim e Brasília é no interesse dos dois países. "Brasil e China exercerao um maior papel no século XXI", acrescentou. "A multipolarizaçao ajudará a realizar a democratizaçao das relaçoes internacionais e o direito de todos os países de participar dos assuntos internacionais em pé igualdade" assegurou Maciel.

Marciel destacou que o Brasil apoia a idéia de "somente uma China", e que defende a entrada de Pequim na Organizaçao Mundial do Comércio (OMC). "A entrada da China na OMC ajudará a racionalizar o sistema comercial multilateral, a salvaguardar os interesses de países emergentes e promover o intercâmbio comercial e econômicos entre os dois países", acrescentou.

Hu e Marciel participaram da assinatura de dois documentos, um sobre cooperaçao em programas de televisao e outro sobre a extensao de poderes ao consulado-geral do Brasil em Hong Kong sobre Macao, o enclave português que voltará às maos da China no próximo a 20.

Marciel representará o governo brasileiro na transferência de poderes.