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Indústrias de confecção do Grande ABC crescem até 30% neste ano
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/06/2008 | 07:05
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A economia aquecida e a preocupação em se diferenciar em termos de qualidade têm ajudado empresas do ramo de confecção e tecelagem do Grande ABC a registrar crescimento de até 30% nos seus resultados neste ano em comparação com o ano passado.

Grande gerador de empregos - na região, são mais de 450 empresas e cerca de 9.000 trabalhadores, apenas no mercado formal, sem incluir as pessoas sem registro, segundo dados do Observatório Econômico de Santo André -, o setor aponta uma recuperação, depois de experimentar uma retração no ano passado.

A T4 Tognato, de São Bernardo, que obteve a concessão de maquinários e da marca da antiga Tecelagem Tognato (fechada em 2006), por exemplo, projeta uma alta de 15% a 20% neste ano.

Fabricante de colchas e cobertores, a companhia aos poucos começa reconquistar parte do mercado que já foi da marca centenária. Segundo o gerente geral, Carlos Almeida, além da qualidade dos produtos - que considera bem superior a similares chineses -, a T4 abriu recentemente uma loja de fábrica no Centro do município, e mantém boas vendas de colchas para hospitais e hotéis.

A economia interna em alta e a recente greve dos auditores da Receita Federal, que dificultou a entrada de itens importados no País, também teriam ajudado. Mas Almeida faz uma ressalva: "O mercado é competitivo e as margens de lucro são pequenas".

Na área de confecção, a Tent Beach, de surf wear, com sede em Santo André, também estima crescimento da ordem de 15% em 2008. O proprietário, Sebastião Carlos Araújo, avalia que ter rede própria de lojas (são ao todo 32, das quais sete no Grande ABC) permite aliar qualidade a preços competitivos.

Para Araújo, a concorrência com os importados não chega a preocupar. "No nosso segmento, temos produtos diferenciados", afirma.

A situação é considerada semelhante em maiôs e biquínis, em que o Brasil é referência no mundo. "Nessa área, o produto chinês não tem qualidade. O mercado é exigente e trabalhamos com estampas exclusivas", disse o gerente comercial da empresa Maria Chickinha, Geraldo Andrade.

No entanto, para impulsionar mais os resultados, a confecção de moda praia de Santo André ingressou no nicho de sacolas de algodão cru. A idéia é aproveitar a tendência ecológica de substituição das sacolas de plástico. "Esse é um mercado que está crescendo", afirmou Andrade, que calcula o crescimento de 30% no faturamento da empresa neste ano.




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