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Saudosismo e cultura marcam segundo dia de desfiles no Rio
Do Diário OnLine
Com AE
24/02/2009 | 08:41
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Romantismo, cultura e história tomaram conta da avenida Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira, último dia de desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro. Das seis agremiações que passaram pela avenida ao longo da madrugada, o destaque ficou para o Salgueiro, que animou o público com seu enredo sobre o tambor, e a Portela, que contou a história do amor.

Confira as fotos do segundo dia de desfiles do Rio
Confira as fotos do primeiro dia de desfile do Rio

A Porto da Pedra abriu a segunda noite de desfiles com o enredo "Não me proíbam criar, pois preciso curiar; Sou o país do futuro e tenho muito a inventar". Com 4,5 mil componentes, a agremiação entrou na Sapucaí com mais de 300 esculturas, distribuídas em 10 carros alegóricos. A escola teve problemas para concluir a apresentação no tempo regulamentar e no final do desfile precisou acelerar para não ultrapassar os 82 minutos, o que comprometeu um pouco o desempenho da escola no quesito evolução.

Vice-campeã de 2008, o Salgueiro é a segunda escola a entrar na Sapucaí. Com um enredo sobre o tambor, a escola trouxe 4,2 mil componentes à avenida, divididos em 36 alas e oito carros alegóricos. Sabrina Sato, Ângela Bismarchi, o jogador Edmundo e o ator Eri Johnson estiveram entre os famosos que defendiam a agremiação. Na entrada, a escola foi muito aplaudida pelo público, que a saudou como campeã.

Uma das escolas que mais levaram títulos no carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense tirou do baú os principais sambas-enredo que lhe deram vitórias ao longo dos seus 50 anos de existência. O carro com o personagem Duque de Caxias lembrou o título de 1989 da escola de Ramos - "Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós". Antes, apresentou-se alegoria O que é que a Bahia tem, tema de samba-enredo vencedor de 1980, o primeiro título.

A Portela cantou o amor na avenida, começando com histórias da Idade Média até chegar aos dias de hoje, passando pela construção do Taj Mahal e os amores efêmeros típicos dos bailes de carnaval dos anos 1950. Agora, o principal desafio da agremiação é quebrar o jejum de 25 anos e conquistar o título. A última vez que a escola ganhou foi na inauguração do Sambódromo, quando dividiu o trono com a Mangueira.

Completando 81 anos no carnaval de 2009, a Mangueira contou a formação do povo brasileiro. Abusando das tradicionais cores da escola - verde e rosa - a Mangueira apresentou trechos da história do Brasil e retratou os portugueses, negros e índios como fundamentais para a formação do povo brasileiro.

A Viradouro fechou os desfiles do último dia do carnaval carioca de 2009. Há 12 anos sem vencer o Carnaval do Rio, a escola mostrou na avenida a contribuição baiana para produção de biocombustíveis. Um problema nas fantasias do mestre-sala e da porta-bandeira da Viradouro atrasou o desfile, fato que pode prejudicar a agremiação na contagem das notas.




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