Pela primeira vez em 30 anos o número de pessoas que querem voltar para suas casas supera o de novas migrações, explicou a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Christiane Berthiaume, que acrescentou que também foi registrado um movimento de volta de refugiados angolanos da Zâmbia e da República Democrática do Congo.

Neste momento há cerca de 400 mil deslocados internos em Angola e há duas semanas iniciou-se um forte movimento de retorno para seus lugares de origem apesar de a situação de segurança ser muito instável e existir um enorme perigo pelas minas.

Os especialistas do programa vão realizar uma avaliação imediata das condições de segurança e, caso seja necessário, será iniciado de forma urgente um programa de ajuda a estas pessoas. Além disso, o acesso continua sendo muito difícil para algumas regiões, como Alto Chicapa, na província de Lunda Sul, região na qual o PMA está tentando chegar há três semanas, já que recebeu relatórios que indicam que há centenas de pessoas com graves problemas de desnutrição.

Nestes momentos, o PMA faz chegar 60 por cento de sua ajuda por avião e 40% por caminhões, já que nem todas as estradas estão abertas, mas o objetivo é mudar esta proporção já que os envios por terra são mais fáceis e mais baratos de organizar que os aéreos.