O candidato à Paço Municipal de Ribeirão Pires pelo PSDB, Valdírio Prisco, quer retomar a extração e o corte de pedras no bairro da Quarta Divisão. A proposta que, segundo o prefeiturável, prevê o fortalecimento da economia do bairro, foi sugerida a moradores na tarde de ontem.

"O corte e a venda de pedras foi proibido com a alegação de que a atividade prejudica o meio ambiente. Mas não é bem assim. É exatamente o contrário. Depois da extração da pedra, aterra-se o local, planta-se árvores e deixa a floresta crescer", disse.

A prática foi extinta em 1997 pela lei estadual de proteção de mananciais, sancionada pelo então governador Mário Covas. A lei foi formulada para compatibilizar a preservação da área de manancial com o uso, ocupação do solo e o desenvolvimento socioeconômico.

Caso seja eleito, Prisco promete mudar a lei de mananciais - de competência do Estado. "É lógico que dá para discutir este assunto. Com a pedra, quando chove não acontece nada porque ela é improdutiva. Tiramos a pedra, geramos empregos e deixamos a terra florescer", insistiu.

Para ele, a única pedra com relevância na cidade é a Pedra do Elefante - que também fica na Quarta Divisão - já que é um ponto turístico. "Para que ter uma pedra na cidade por 500 anos? Para que serve uma pedra? Para nada", afirmou o candidato.

Uma das participantes da reunião, Regina Carvalho de Oliveira, 59 anos, sugeriu que ao invés de pedras (paralelepípedos) fossem utilizados pneus velhos para pavimentar as ruas.

"Acabar com as pedras não é uma boa sugestão porque modifica o meio ambiente e tem uma legislação que proíbe a prática. Já a utilização de pneus deixa o solo mais permeável, evita enchentes e reduz o problema de despejo em rios, por exemplo", justificou. A sugestão foi aplaudida por Prisco.