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Do outro lado do muro
Luis Felipe Soares
Diário do Grande ABC
13/03/2016 | 07:00
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Divulgação


 A busca de Tris por respostas e pela paz começa a ganhar seus capítulos finais nas telonas. A protagonista da franquia Divergente já conseguiu compreender melhor como a futurística cidade de Chicago funciona e, agora, deseja ver de perto o que existe além dos gigantescos muros que separam o local do restante do planeta. Parte dessa jornada está em Convergente, que acaba de chegar aos cinemas de todo o mundo na quinta-feira e com cópias espalhadas pelo Brasil.

Escrita pela norte-americana Veronica Roth, a trilogia literária juvenil está sendo transformada em cinessérie com quatro filmes. O mais recente é o primeiro passo da adaptação do último livro, lançado originalmente em 2013. Apesar de não agitar o mundo da cultura pop como outras histórias adolescentes contemporâneas, casos de Crepúsculo e Jogos Vorazes, a saga parece ter agradado os fãs e rendido boa bilheteria para as produtoras de Hollywood.

No atual cenário, a divisão das pessoas em facções chegou ao fim e a antiga vilã Jeanine está morta. O que deveria ser a reconstrução da sociedade sem os erros do passado acaba por iniciar outros conflitos, com os quais Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) não concordam. As ações tomadas por Evelyn (Naomi Watts), a nova líder, incluem julgamentos sanguinários e a proibição de se ultrapassar os limites da cidade.

Apesar da forte segurança, Tris e os amigos estão dispostos a seguir seus próprios caminhos, o que os leva até uma realidade na qual outra comunidade parece ter sobrevivido de maneira pacífica e em plena ordem. Claro que o clima ‘perfeito’ demais do lugar começa a soar estranho para os recém-chegados, que terão que lidar com dramas, mentiras, armadilhas e um novo esquema para tentar controlar a população de Chicaco mais uma vez.

ALTOS E BAIXOS - A Série Divergente: Convergente funciona como espécie de introdução para os derradeiros conflitos. A trama conta com revelações importantes e chama a atenção pelas fugas, deixando a ansiedade para as grandes batalhas para o próximo filme. Quem já leu o livro não demora a perceber alterações montadas no roteiro comandado pelo diretor Lee Toland Krieger (de A Incrível História de Adaline) para que a história sustente dois longas-metragens. Lembrete: Ascendente chega aos cinemas em 2017.

O conceito por trás de toda a história criada por Veronica Roth é instigante, mas parece que boa parte da graça deve estar ainda guardada nas publicações. A jornada de Tris acaba ficando meio sem graça na telona, não prendendo a atenção de quem busca conhecer a franquia no cinema em um dia comum – seja em qualquer uma das adaptações da trilogia até agora. As várias pontas soltas deixam a trama ainda mais confusa.

Bonito diante das câmeras, o casal de heróis briga a todo o momento para tentar acender algum tipo de fagulha. Shailene Woodley é simpática, mas não tem presença o bastante para ser a líder (ou não líder) de uma revolução futurista. Mesmo com cenas de ação bem interessantes, Theo James sofre demais para pouca interpretação. Convergir para um filme de qualidade tem sido difícil.  




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