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PCC deve divulgar um manifesto quinta-feira
Das Agências
25/02/2001 | 20:25
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O Primeiro Comando da Capital (PPC), facção criminosa que domina os presídios do Estado, deverá divulgar um manifesto na quinta-feira, em São Paulo, para que seja levado às autoridades estaduais e federais. A informação é do advogado Gerônimo Andrade, que defende presos na capital e esteve na Penitenciária de Ribeirão Preto domingo. Ele disse, em entrevista à EPTV Ribeirão (afiliada da TV Globo na região), que o manifesto será preparado por detentos da capital, mas não revelou o seu conteúdo.

Segundo o diretor de plantão da penitenciária, Sergio Tsutomu Watanabe, o advogado não entrou nas dependências da unidade. “Ele estava parado do lado de fora acompanhando as visitas aos presos, e foi interpelado por nossos funcionários, que me avisaram sobre sua presença”, disse Watanabe.

O advogado não defende detentos em Ribeirão Preto. Na cidade, existem pelo menos três integrantes do PCC detidos. Por isso, a Polícia Militar reforçou a segurança da penitenciária com mais 50 homens no lado externo.

Em Ribeirão Preto as visitas ocorreram normalmente. Alguns parentes reclamaram da restrição de apenas um visitante por preso, mas não fizeram protestos. Em Araraquara, os detentos da penitenciária não receberam visitas, devido às depredações ocorridas há uma semana no prédio. Alimentos e roupas de parentes foram entregues aos presos, assim como ocorreu na Penitenciária 2 de Itirapina, também com proibição de visitas. Em São Paulo, a proibição de visitas no Complexo do Carandirú, foi mantida.

Praia Grande – Um preso foi morto na madrugada de domingo, após tentativa de fuga da Cadeia Pública de Praia Grande, conhecida como Dacar-10. Segundo informações do 45º Batalhão da PM, um princípio de rebelião foi registrado por volta das 22h30 de sábado, quando alguns tiros foram disparados, de fora para dentro, na direção de uma das guaritas.

Segundo a PM, os detentos ficaram alvoroçados, tentando fugir da cadeia, que teve uma das celas serradas. O detento Pedro Nunes de Araújo, de 38 anos, que estava armado, foi morto a tiros, em confronto com policiais. As visitas foram suspensas no Dacar, que tem capacidade para 512 presos e abriga 1.076.

No decorrer da semana, o diretor do presídio, Cláudio Rossi, afirmava que não tinha nenhum motivo para suspender a visitação, já que a cadeia não havia aderido à rebelião encabeçada pelo PCC.




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