Chirac lembrou que a França era a favor de uma resolução "simples e firme que mostre a unidade e a determinação da comunidade internacional" por uma volta rápida dos inspetores em desarmamento da ONU ao Iraque, assinalou Catherine Colonna.
"O Presidente da República também lembrou que a França continua mais a favor do que nunca de um processo em dois tempos, assim como a maioria da comunidade internacional, dada a gravidade das decisões que devem ser tomadas e suas conseqüências", acrescentou.
Bush telefonou para Chirac a fim de lhe explicar "as primeiras disposições" do projeto de resolução americano-britânica sobre o Iraque, assinalou a porta-voz.
O chefe da diplomacia francesa, Dominique de Villepin, também reafirmou a oposição de Paris a qualquer ação unilateral dos Estados Unidos contra o Iraque, especialmente para derrubar o atual regime em Bagdá.
"Quem vai julgar se um regime é bom ou não?", pergunta De Villepin em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal indiano The Hindu. Isto "seria uma fonte de instabilidade e outros países poderiam sofrer o mesmo após o Iraque (....) Onde isto iria parar", advertiu o chanceler francês".
De Villepin estimou ainda que as atuais consultas sobre o Iraque devem ficar limitadas a um só objetivo: o retorno dos inspetores internacionais e o respeito de Bagdá as determinações da ONU na área do desarmamento.
As Nações Unidas devem seguir sendo o coração do processo, disse De Villepin, sem excluir uma nova resolução sobre as modalidades práticas do retorno dos inspetores de armas.
Em qualquer caso, toda ação necessária deve ocorrer sob a responsabilidade da ONU e não dos Estados Unidos, declarou o chanceler francês.
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