O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) expandiu 0,30%, em janeiro, contra queda de 0,16% em dezembro, informou o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). O indicador aponta a inflação para as empresas com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês referência.

Mesmo revertendo o quadro de deflação, o coordenador de análises econômicas do Ibre-FGV, Salomão Quadros, avaliou que não há motivos para preocupações. "O resultado não deve ser entendido como início da trajetória de inflação", destacou. Segundo o especialista, existe mais possibilidade dos preços se estabilizarem em fevereiro, do que novas altas.

Para Quadros, o caminho do IGP-DI, que variou positivamente 4,29% em 12 meses encerrados no fim de janeiro, deve ser para mais reduções na taxa anual.

Ele explicou que em janeiro, os impactos no indicador vieram de altas de preços temporárias. "São de natureza momentânea, como o reajuste de mão de obra, que ocorre uma vez por ano", disse.

SAFRA - O IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que representa 60% do IGP-DI, variou 0,01%, contra queda de 0,55% em dezembro. Os produtos agropecuários ou commodities, segundo Quadros, teve grande contribuição para acelerar o resultado. com alta de 1,07%. "No resultado do IPA, o que se destaca é a inflação das commodities, principalmente da soja e do milho, que foi impulsionada pela seca na região Sul. Isso prejudicou a safra e impactou a oferta", explicou.

CONSUMIDOR - No caso do IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor), que subiu 0,81% e representa 30% do IGP-DI, Quadros destacou que a mensalidade escolar e os alimentos in natura tiveram maior contribuição.

Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que representa 10% do indicador geral, teve elevação de 0,89%.