Bola oval, campo determinado por jardas, torcida diferente. Tudo mudou ontem, no Estádio 1º de Maio, na partida entre ABC Corsários e Curitiba Hurricanes, pelo Touchdown, competição com peso de Brasileiro do futebol americano. Na disputa, a equipe do Grande ABC foi derrotada pelos paranaenses por 25 a 0.

Entre o público presente, alguns demonstravam paixão pelo esporte. "Desde que me conheço por gente, amo esse esporte. Joguei pelo Corsários e sempre que tem algo relacionado a futebol americano, eu acompanho", disse o engenheiro mecânico Caio César.

Há quem deixe de lado os programas habituais dos namorados para assistir ao duelo. É o caso de Vinícius Lino, 19, e Amanda Fernandes, 18, casal que acompanhava pela primeira vez juntos a um jogo da modalidade. Enquanto o rapaz demonstrava grande conhecimento do esporte, a menina procurava entendê-lo. "Estou bastante perdida, mas ele (Vinicius) está me explicando tudo, Está difícil entender", disse Amanda.

O namorado, porém, ressaltou outro ponto de vista do esporte: o crescimento da modalidade no Brasil. "Na época em que comecei a jogar, há alguns anos, as partidas eram em campo de terra, não tinha equipamento, uniforme, jogávamos de qualquer jeito. Agora, ver os atletas correndo em um campo traz perspectivas de que o tutebol americano só tem a crescer", destacou.

Moradora de São Bernardo, a estudante Ana Carolina Pita, 21, não titubeou ao falar sobre os motivos que a levaram a acompanhar a partida. "Só vim aqui por causa do meu primo, que joga no Hurricanes. Acho difícil trocar um passeio por assistir um jogo", contou.

Para o ex-jogador e atual diretor da base do São Bernardo, Édson Boaro, o futebol americano apresenta boa vantagem em relação ao de campo. "Em jogo profissional, você pode fazer apenas três alterações. Aqui, pode substituir o time inteiro", comparou.