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Suvinil investe para seguir em ritmo forte
Leone Farias
do Diário do Grande ABC
11/09/2011 | 07:08
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A Basf, dona da Suvinil, vai concluir no início de 2012 obras para a melhoria da logística da fábrica de tintas imobiliárias de São Bernardo, como parte do plano de investir R$ 150 milhões na região entre 2008 e 2013.

Facilitar o acesso à unidade, em que circulam diariamente 300 caminhões (trazendo matéria-prima para o processo fabril e levando item acabado para os clientes), é questão vital para a empresa. A Suvinil tem crescido 60% em vendas de tintas da marca desde 2007 e projeta alta de 100% até 2014.

Neste ano, segue em toada forte. Líder de mercado - com 33% do volume e 40% do faturamento do setor -, deverá ter expansão de 10% em quantidade de tintas e 15% em valor neste ano, calcula Eugênio Luporini Neto, vice-presidente de Tintas Imobiliárias e Repintura Automotiva da Basf para a América do Sul.

E como o mercado crescerá só 1%, crescer dez vezes mais é motivo de comemoração. Outro motivo são os 50 anos de existência, completados em 2011. A marca nasceu em São Bernardo em 1961 pelas mãos do empresário Olócio Bueno, que já tinha empresa chamada Super e resolveu produzir tinta a base de látex sintético conhecida popularmente como vinil. Surgia, então, a Suvinil (junção de Super com Vinil). Dez anos depois, o negócio foi adquirido pela Basf.

SUCESSO

Luporini Neto avalia que, nos últimos anos, a melhoria da renda da população estimula a procura por itens de mais qualidade para a pintura das casas. E a preocupação em oferecer o melhor é pedra de toque para a companhia. "Toda semana fazemos testes no Senai e fazemos questão de sermos o melhor em rendimento e acabamento", afirma.

E como a mão de obra hoje está bem mais cara que no passado, para o consumidor compensa pagar 10% mais por produto de qualidade, cita o executivo. Ele diz que há oito anos a cada R$ 1 em tinta se gastava R$ 1 com a contratação do pintor. Hoje, o profissional é quatro vezes mais caro. "Enquanto uma lata sai por R$ 200, a mão de obra custa R$ 800", diz o executivo.

Outro foco é a inovação. A empresa gasta 1% do faturamento anual com pesquisa e desenvolvimento de estudos, que apontam que mais de 70% das vendas advêm de produtos lançados recentemente.

Empresa contratou 200 neste ano

Para acompanhar o crescimento da empresa, mesmo com investimentos em automação e em expansão da produtividade, a Suvinil segue contratando. Dedicada a essa tinta imobiliária, entre produção e laboratório, são hoje 1.000 pessoas. No ano passado, eram 800, afirma Eugênio Luporini Neto.

 "A intenção é acompanhar o crescimento das vendas da fábrica", diz. Ele destaca que, apesar de o grupo ter unidade nessa área em Jaboatão, em Pernambuco, a ideia é continuar e fortalecer as operações em São Bernardo, que é o grande polo exportador. Hoje a Suvinil é uma marca internacional, presente em 13 países, em continentes como América Latina e África e que já está, associada a outra companhias, vendendo a tecnologia para a China, por exemplo. "A produção é local, mas o  know-how é brasileiro".

Ele acrescenta que, ao contrário de outros produtos, a tinta é mais barata no Brasil do que em outros mercados, com qualidade que não fica a dever a itens da Europa e Estados Unidos. "Muita gente procura a nossa tecnologia", observa.

NO PAÍS

Para o vice-presidente de Tintas Imobiliárias e Repintura Automotiva da Basf para a América do Sul, há potencial para crescer não só lá fora, mas também no Brasil. Apesar da liderança de mercado, hoje a marca está presente em 30 mil pontos de venda, de um total de 100 mil no País.




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