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Sesc abre inscriçao para encontro com a arte brasileira
Ricardo Ditchun
Da Redaçao
20/06/1999 | 16:48
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Interessados em participar da terceira ediçao do projeto Arte em movimento do Sesc Pompéia podem se inscrever até 2 de julho. A exemplo das versoes anteriores, trata-se de uma oportunidade única, uma série de eventos que colocarao o público diante de alguns dos principais nomes da arte brasileira contemporânea.

A relaçao, entretanto, nao se restringe a ver e ouvir. Ao longo de 13 dias, os inscritos terao a chance de participar de oficinas variadas e visitas guiadas a museus, sempre acompanhados dos artistas. Nao bastassem esses atrativos, resta o preço: R$ 30. Vale lembrar que programas similares costumam custar, em média, R$ 1 mil.

Para este ano, os organizadores, Cláudia Ortiz e Milton José de Almeida, coordenadora das oficinas de criatividade do Sesc e professor do Departamento de História da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), respectivamente, reuniram, entre outros, os seguintes artistas: Sérvulo Esmeraldo (escultura), Marcelo Grassmann (gravura), Megumi Yuasa (cerâmica), Arnaldo Pappalardo (fotografia) e Mário Cravo Neto (fotografia). As palestras - abertas ao público - serao realizadas pela crítica de arte Lisette Lagnado e pelos professores de filosofia Celso Favaretto, Ricardo Fabrini e Olgária Matos.

Para ser aprovado é preciso que os pretendentes tenham afinidade com artes visuais, devendo apresentar currículo, porta-fólio e uma proposta de projeto a ser desenvolvido ao longo da oficina de criatividade escolhida. Aberto a interessados de todo o país, o Arte em movimento surgiu com o objetivo de reunir, em Sao Paulo, uma vez por ano, um grupo de artistas ou diletantes - amadores ou profissionais.

Em relaçao às duas ediçoes anteriores, a deste ano terá como preocupaçao o maior aprofundamento da discussao sobre a ampliaçao da visao artística e o diálogo com outras disciplinas. Segundo Cláudia, essa decisao foi tomada por causa do uso cada vez maior de material e recursos visuais inéditos ou inusitados na arte contemporânea. Essa característica, necessariamente, transforma o artista, hoje, em investigador e pesquisador. O contato com os artistas-orientadores, todos absolutamente imersos nessa preocupaçao, visa preencher essa demanda atual.

Por outro lado, as palestras oferecidas neste ano garantirao os subsídios teóricos e críticos necessários. Os temas sao: Crítica e historizaçao da arte contemporânea no Brasil (Lisette, dia 17); Arte e consumo (Favaretto, dia 18); Estética e pós-modernismo (Fabrini, dia 24); e A razao errante: os riscos do sublime (Olgária, dia 25).




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