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Emir de Dubai se defende de acusação de escravizar jóqueis-mirins
Da AFP
16/07/2007 | 18:53
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Os advogados do emir de Dubai tentaram nesta segunda-feira retirar uma demanda contra seu cliente nos Estados Unidos, acusado de escravizar milhares de meninos asiáticos e africanos que trabalhavam como jóqueis de corridas de camelos.

A ação, apresentada em setembro de 2006 em um tribunal federal de Miami por um grupo de pais de garotos não identificados, sustenta que, "desde os anos 70, menores de até dois anos de idade foram seqüestrados e vendidos como escravos para cuidar, treinar de camelos e trabalhar como jóqueis, tudo para o entretenimento da elite árabe" nos Emirados Árabes Unidos (do qual Dubai é parte).

Os demandados são o emir de Dubai, Mohammed Bin Rashid Al Maktum, e seu irmão Hamdan Bin Rashid Al Maktum, identificados como donos de "milhares de camelos de raça e corridas, e de tais meninos escravizados".

O emir Mohammad é vice-presidente e premier dos EAU (Emirados Árabes Unidos), e seu irmão Hamdan é ministro de Indústria e Finanças dos EAU.

Os advogados defensores afirmaram nesta segunda-feira na audiência que a corte não tem jurisdição sobre o caso. "A demanda nada tem a ver com a Flórida ou os Estados Unidos", disse o advogado da defesa Anthony Coles, destacando que nenhum dos acusados nem os demandantes vivem nos Estados Unidos.
 
A utilização de crianças como jóqueis, preferidos por seu peso menor, foi proibida nos Emirados em julho de 2005 e, em maio desse ano, o país assinou um acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para devolvê-los a seus países.

Segundo o Unicef, os Emirados Árabes Unidos destinaram US$ 9 milhões para ajudar essas crianças a se reintegrarem às suas comunidades, e mais de mil voltaram para casa.




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