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Pré-candidatos à Presidência propõem alíquota única para o etanol em evento
Da Agência Brasil
08/06/2010 | 09:39
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Os três principais pré-candidatos à Presidência da República participaram na noite da última segunda-feira, em São Paulo, da entrega do prêmio Top Etanol, promovido pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) juntamente com o Projeto Agora.

José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) receberam um documento com as expectativas do setor para os próximos anos e fizeram discursos breves aos convidados, respondendo a duas perguntas encaminhadas antecipadamente pelos organizadores - uma sobre a visão do papel do etanol e da bioenergia na composição da matriz energética brasileira nos próximos anos e outra sobre as ações que devem ser adotadas no futuro para que se possa garantir um melhor ambiente de negócios para o setor, apesar de problemas na área trabalhista, por exemplo.

O primeiro a discursar foi Serra, que falou dos benefícios do etanol para o Brasil, ressaltando a importância de se criar um mercado mundial para esse produto. Ele citou realizações do governo paulista, principalmente com relação à redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para 12% com relação ao etanol e disse que seria importante que o mesmo fosse adotado no restante do País. "Acho que o governo federal tem de se jogar nisso e se jogar ativamente nessa negociação. Acho indispensável ter uma ação concertada nessa direção para ter uma alíquota única no Brasil inteiro."

Outras ideias defendidas por Serra são de que a ANP (Agência Nacional de Petróleo) também trabalhe com etanol e outros combustíveis, além do petróleo, e de que seja realizado um zoneamento em relação à cana em todo o Brasil.

Segunda a falar, Marina ressaltou a importância de que sejam pensados projetos de longo prazo. "No mundo em crise que estamos vivendo, que é uma crise sistêmica ambiental, econômica e social, vamos ter que nos acostumar a pensar nas políticas públicas de longo prazo para o curto prazo dos políticos", afirmou.

Para a verde, o etanol brasileiro pode fazer um resgate social, histórico e ambiental, integrando desenvolvimento, justiça social e meio ambiente. Ela defendeu a criação de centrais energéticas, em lugar de usinas, para evitar apagões, e também a ampliação do investimento em tecnologia e em desoneração tributária para o setor. Marina criticou as possíveis mudanças no Código Florestal, dizendo não ser esse "um bom caminho".

Fechando o evento, a pré-candidata Dilma também defendeu a uniformização das alíquotas para o etanol, que deve continuar sendo prioridade no País. "A larga experiência do Brasil nessa área é importante no momento em que se discute a matriz energética no mundo e, sobretudo, a matriz de combustível. E esse é o desafio: sair de matriz fóssil para uma renovável", afirmou.

Dilma afirmou ainda que é preciso continuar expandindo o etanol na matriz energética brasileira, dando prioridade a ele apesar da descoberta do pré-sal, e ampliar sua participação na matriz mundial. A pré-candidata disse ainda que é preciso continuar perseguindo melhorias tecnológicas para o setor e também fazer mudanças equilibradas no Código Florestal.




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