De acordo com o major Wagner Cirillo, o plano apenas informava sobre um pouso na avenida Paulista. As informações devem ser cruzadas com as passadas na terça-feira pelo co-piloto Luiz Cintra.
O Departamento de Aviação Civil (DAC) está investigando se houve falha do piloto, já que o procedimento diante do mau tempo e da má visibilidade seria retornar a São Paulo e não arriscar um pouso. Segundo Cirillo, o heliporto de Maresias está habilitado para pousos diurnos e noturnos, desde que a visibilidade seja de três quilômetros e o teto de 1,5 mil pés (450 metros).
O coronel Marco Aurélio Sendin, chefe do Serviço Regional de Aviação Civil (Serac-4), disse não saber se o piloto fez notificação do plano de vôo até Maresias.
Nesta quarta-feira, o co-piloto prestou depoimento a oficiais do Serac-4, ligado ao Departamento de Aviação Civil (DAC), durante quatro horas. Ele contou que o piloto conseguiu manter contato visual com o heliporto e tinha visibilidade para pousar em Maresias, mas acabou batendo na água. Ele não soube explicar o porquê da queda. "Sobrevivi pois tive força de vontade, determinação e fé em Deus", afirmou.
João Paulo Diniz será intimado a prestar depoimento no inquérito para esclarecer os fatos do acidente. Luís Cintra e familiares de Fernanda também devem depor. A polícia pretende ouvir outras pessoas envolvidas no socorro às vítimas, como bombeiros e integrantes da Defesa Civil de São Sebastião. Ainda não foram definidas as datas dos depoimentos.
O delegado Odair Bruzos disse que vai investigar todos os dados, como o salvamento e João Paulo e do co-piloto, que nadaram até a praia. O policial requisitará os laudos do Departamento de Aviação Civil e do Instituto Médico-Legal (IML) de São Sebastião para onde foi levado o corpo do piloto Ronaldo Ribeiro, encontrado nesta terça-feira.
O Grupo Pão de Açúcar divulgou nota afirmando que os seus pilotos seguem as normas de segurança, assim como seus helicópteros.
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