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Mercosul e EUA reativam 4+1 e anunciam programa
Washington
Da AE
23/09/2001 | 20:01
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O Mercosul e os Estados Unidos reativarão nesta segunda-feira o conselho consultivo do mecanismo bilateral de consulta 4+1, que não se reúne há anos, e anunciarão um programa de trabalho para explorar possibilidade de acordos setoriais de liberalização comercial e outras formas de cooperação com o objetivo de ampliar o acesso a mercados. As decisões estão contidas numa declaração ministerial que será divulgada após reunião que o chanceler Celso Lafer e seus colegas da Argentina, Paraguai e Uruguai terão com o Representante de Comércio da Casa Branca, Robert B. Zoellick.

Fontes oficiais adiantaram que, com os dados da realidade de hoje, a reativação do 4+1 não aponta para uma busca de um acordo bilateral de livre comércio entre o Mercosul e os EUA. Fruto de uma iniciativa brasileira de junho passado, que os EUA aceitaram dois meses mais tarde, em parte para justificar seu relutante apoio a uma ajuda adicional do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ressurreição do 4+1 adquiriu um significado político novo depois dos devastadores ataques terroristas de 11 de setembro contra o World Trade Center e o Pentágono.

Na tensa conjuntura internacional criada pelos atentados terroristas, será apresentado como um novo gesto positivo em relação a Washington, apenas dias depois da manifestação de solidariedade que o continente fez aos EUA durante reunião extraordinária de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) que, respondendo a proposta brasileira, invocou o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Mas o embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa, alertou na sexta-feira, que não se deve confundir a solidariedade do Brasil com os EUA diante dos ataques terroristas com a discussão sobre comércio. “O que foi aprovado na OEA e não implica em nenhuma modificação das posições brasileiras em relação a comércio”.




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