Em entrevista à rádio WCHS-AM, de Charleston, na Virgínia Ocidental, Rumsfeld disse acreditar que os iraquianos e a coalizão ainda não tiveram "uma boa oportunidade" de criar um sistema democrático, e admitiu que a crescente violência nesse país abala confiança popular e dá impulso aos insurgentes.

"Não há dúvida de que eles (os rebeldes) estão tendo êxito em algumas instâncias, como fazer as pessoas acreditarem que isso (a democracia) não vai dar certo no Iraque, que o país não está preparado para isso", afirmou em declarações à rádio.

E ele prosseguiu: "algumas dessas pessoas sem dúvida estão se unindo à oposição composta por elementos do antigo regime". "Eles atraem, além disso, pessoas de outros países que esperam evitar a democracia no Iraque", acrescentou.

As observações de Rumsfeld acontecem depois de comentários feitos por altos funcionários do governo e do Exército. Eles admitiram que a resistência iraquiana está aumentando, um cenário contrário à situação descrita na última semana, nos Estados Unidos, pelo primeiro-ministro iraquiano Iyad Allawi, e oposta à mensagem otimista repetida pelo presidente George W. Bush durante sua campanha pela reeleição.

Ao ser indagado sobre se os rebeldes estavam sendo bem sucedidos em suas ações, o secretário respondeu: "depende de sua definição de êxito. Se você entende que é ser bem sucedido quando se mata um governador regional ou um chefe de polícia, se você entende que é ter êxito fazer isso, suponho que se pode dizer que tiveram êxito do ponto de vista de um assassino ou um terrorista. Se eles puderem perturbar as coisas, eles sentem que tiveram êxito".