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Juros altos afetam ritmo das empresas, afirma Bernardo
04/08/2010 | 07:11
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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu ontem que as seguidas altas na Selic, bem como a sinalização feita anteriormente pelo BC (Banco Central) de que haveria aumentos da taxa básica de juros, influenciaram na freada da produção industrial nos dois últimos meses.

"Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, tem um efeito não imediato (na produção industrial) e normalmente os analistas avaliam que é em torno de cinco a seis meses", disse. "Mas é bom lembrar que o Banco Central vem fazendo alguns movimentos e dando sinais sobre isso (alta) já há algum tempo. E com certeza deve estar influenciando já", completou o ministro, que visita a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo.

Segundo Bernardo, o desempenho negativo da produção industrial nos últimos dois meses apontado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não vai mudar a previsão do governo para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)em 2010, que é de crescimento em torno de 7%.

Para Bernardo, mesmo com a desaceleração do ritmo de crescimento da economia, os investimentos ainda andam "muito rápido", com as empresas estatais desembolsando quase R$ 40 bilhões no primeiro semestre e com investimentos privados também com um bom ritmo. "O que está havendo é uma acomodação no ritmo de crescimento, mas vamos chegar ao final do ano em 7%."




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