O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta terça-feira medidas que permitirão reduzir os custos dos financiamentos destinados à implementação de novos projetos de geração e transmissão de energia elétrica.

Com a medida, a partir de agora, os novos financiamentos a projetos de geração hídrica e térmica, bem como as linhas de transmissão, passarão a ser 100% com base na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), com a eliminação da exigência de que 20% do crédito sejam indexados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), tendo como referência a taxa interna de retorno das NTN-B (Notas do Tesouro Nacional Série B).

A decisão, de acordo com o diretor de infra-estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, reduzirá em até 1,2% o custo do financiamento ao empreendedor, beneficiando o consumidor final com redução tarifária decorrente de projetos de geração e transmissão de energia a serem implementados a partir de agora.

Bittencourt explicou que o objetivo é baixar os custos do capital, uma vez que o banco está reduzindo os juros a serem cobrados dos produtores de energia elétrica, o que, segundo ele, deverá resultar em queda na tarifa de energia elétrica para os consumidores.

De acordo com o BNDES, com o fim da parcela de financiamento em IPCA, os projetos desses segmentos terão redução média do custo financeiro nominal de 16,4% ao ano para cerca de 10,5% ao ano – incluindo todos os encargos financeiros. ”Essa redução média do custo financeiro é que implicará redução do custo total do financiamento de aproximadamente 1,2% ao ano”, disse ele.

Para a instituição, a iniciativa reforça a “alta prioridade” atribuída aos projetos de geração e transmissão de energia elétrica – que contam com spreads de 1,5% ao ano para geração e 2% ao ano para transmissão – e contribuem com a queda da modicidade tarifária.

“Quanto menor o custo financeiro, menor poderá ser a tarifa ofertada no leilão pelos empreendedores na hora de dão o seu lance”, afirmou Bittencourt.