Shimon Gibson, que realiza escavações em Israel e na Palestina há vários anos, descobriu essa gruta que contém inscrições na pedra, objetos de cerâmica e uma fonte que poderia ser utilizada para batismo, na qual cabem umas trinta pessoas.

Gibson, que lança um livro sobre o assunto no dia 19 de agosto, vai dar nesta terça-feira uma entrevista coletiva à imprensa sobre sua descoberta. A gruta, que tem 24 metros de comprimento e 3,5 metros de altura, fica perto da aldeia de Ain Karim, onde, segundo registros do surgimento do cristianismo, nasceu e viveu João Batista, acrescenta o Times.

De acordo com Gibson, a gruta tornou-se depois um santuário dos fiéis do profeta. Entre as inscrições encontradas no local, que datam dos séculos IV e V, há um homem segurando um cajado, que lembra a maneira como São João Batista é desenhado na arte bizantina.

"Agora estou certo de que essa gruta esteve vinculada ao culto de João Batista. É possível que seja a caverna em que passou seus primeiros anos de vida, local em que buscava a solidão e batizava", declarou Gibson ao Times. "Pela primeira vez podemos apontar um lugar e dizer que é muito provável que tenha sido onde João batizava e realizava seus rituais", completa o arqueólogo.

Último profeta, segundo o Evangelho, João Batista anunciou a chegada do Messias e convocou a multidão ao batismo de conversão. Preso por Herodes Antipas, morreu na prisão, segundo a Bíblia.