O deputado federal Ivan Valente (Psol-São Caetano) não descarta disputar as eleições municipais do ano que vem como candidato a prefeito de São Paulo. Para isso, o parlamentar teria de mudar o seu domicílio eleitoral até o começo de outubro. Segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o prazo para alterar o domicílio eleitoral, assim como para mudar de partido, é um ano antes da eleição.

Caso altere o domicílio e não for o escolhido do partido, Valente não poderá se candidatar em nenhuma outra cidade. Além dele, o deputado estadual Carlos Giannazi e o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, que disputou a eleição ao governo do Estado no ano passado, também são nomes lembrados dentro do partido para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Valente afirma que não é sua vontade disputar o cargo em São Paulo, mas admite mudar de idéia. "O partido precisa discutir se vale a pena. Depois disso, vamos analisar se é bom para o nosso mandato", afirma.

O parlamentar acha que o partido pode até fazer uma coligação. "Desde que esteja dentro do campo ético", diz.

Por enquanto, ele trata as possibilidades de candidatura como mera especulação. "Somos um partido pequeno, com poucas referências, por isso aparecem esses comentários. Tem muita gente, por exemplo, que quer que a Heloísa Helena seja candidata a prefeita de Maceió (AL), mas isso não deve acontecer", cita.

O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio diz que as discussões sobre as eleições de 2008 ainda não começaram dentro do partido, mas não descarta nenhuma candidatura. "O Ivan Valente é capacitado para ser candidato em São Paulo, assim como outros. A possibilidade sempre existe para quem está dentro da política", comenta. "Se ele mudar o domicílio eleitoral no prazo, é porque quer ser candidato em São Paulo", ironiza.

Giannazi diz que o partido tem vários núcleos, e que há quem defenda cada um dos três nomes como candidato. "O Ivan Valente tem um trabalho mais segmentado no Grande ABC, onde está sua força política.

Eu fui duas vezes vereador na cidade de São Paulo e tenho apoios de movimentos sindicais inclusive fora do partido. Tive mais votos do que ele na cidade de São Paulo", afirma. O deputado estadual diz que pretende disputar o cargo se for um nome de consenso dentro do partido. "Não estou disposto a disputar uma prévia", diz.