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Coréia do Norte celebra aniversário de seu líder
Das Agências
16/02/2001 | 12:41
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A Coréia do Norte celebrou o 59º aniversário de seu líder supremo, Kim Jong II, com a mobilização de uma grande multidão, nesta sexta-feira.

Os órgãos de informação oficiais lembraram que os norte-coreanos estavam dispostos a dar a vida por seu ‘‘querido líder’’, que dirige com mão de ferro um dos últimos regimes comunistas do mundo e cuja propaganda o considera como um ‘‘semideus’’, a imagem de seu finado pai, Kim II Sung.

‘‘É nobre a idéia e o espírito do povo coreano de enfrentar a morte sem vacilar para defender a segurança de seu líder’’, assegurou o jornal do Partido dos Trabalhadores, Rodong Sinmun.

Nos dias anteriores ao aniversário, tradicionalmente considerado como o feriado mais importante do ano, foram organizadas cerimônias especiais, eventos esportivos e, romarias até o local de nascimento oficial de Kim Jong II, no Monte Paetku.

A televisão divulgou uma mensagem de felicitação a Kim antes de exibir programas sobre a vida do líder.

Apesar dos enormes problemas de abastecimento e de una economia frágil, a Coréia do Norte não mostra nenhum sinal de revolta contra o poder ditatorial que Kim Jong II herdou de seu pai, morto em julho de 1994.

Uma associação japonesa, encorajando a democracia na Coréia do Norte, encontrou uma pintura em um mural, acusando Kim Jong II da fome endêmica que afeta o país. ‘‘Três milhões de pessoas morreram de fome. Quem é o responsável?’’, pergunta o texto escrito no muro de uma escola, visível em uma foto de janeiro de 2000 em Hoeryong (norte), publicada pela associação.

‘‘Com certeza a pintura não pôde permanecer muito tempo’’, disse um diplomata asiático destacado em Seul, que viajou em várias ocasiões ao norte. ‘‘É importante, mas isto não quer dizer que exista uma forte oposição a Kim Jong II.’’

A imprensa estatal não mudou nenhuma vírgula em sua linha oficial, completamente dedicada a glorificar Kim e seu pai. O assessor de Kim, Jo Myong Rok, pediu à nação coreana que ‘‘glorifique o século XXI como o do glorioso Kim Jong II’’.

Kim Jong II realizou em janeiro uma visita surpresa a China para aprender as receitas da liberalização econômica, com especial atenção a bolsa de Shangai.

Kim Jong II pressiona para que aconteçam reformas, mas até o momento não há nenhum sinal em Pyongyang. A princípio, ele deve viajar este ano para Seul, seguramente na primavera, um ano depois de seu encontro histórico com o presidente sul-coreano Kim Dae-Jung.

Esta reunião será a oportunidade para encerrar a Guerra Fria, segundo os desejos manifestados esta semana pelo presidente sul-coreano.




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