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Amir Peretz: conflito israelense-palestino 'não é uma fatalidade'
Da AFP
19/09/2006 | 20:41
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O conflito entre israelenses e palestinos "não é uma fatalidade", afirmou nesta terça-feira à noite o ministro israelense da Defesa, Amir Peretz, destacando que seu país deseja estabelecer relações de paz com os palestinos.

"Estou convencido de que o conflito trágico e longo entre palestinos e nós não é uma fatalidade", declarou Peretz em cerimônia em memória dos soldados mortos durante as guerras de Israel.

"Nós não temos nem a vontade nem a intenção de dominar um outro povo e lhe negar o direito de assumir livremente seu destino, desde que isso não prejudique Israel", continuou o ministro.

"Quando estivermos convencidos de que nossos vizinhos desejam verdadeiramente e sinceramente a paz, não recuaremos diante do compromisso doloroso para chegar a isto", acrescentou.

Ao falar das negociações atuais para a formação de um governo de união nacional entre o movimento islâmico Hamas, à frente do governo palestino, e o Fatah, do presidente Mahmud Abbas, Peretz deu sinais de mudanças no seio da Autoridade Palestina.

"Nós devemos dar provas de abertura e iniciativa e encorajar toda tendência positiva para que sejam atendidas as exigências da comunidade internacional" com relação ao Hamas, destacou.

Os Estados Unidos e a União Européia exigem do Hamas que renuncie à violência, reconheça o Estado de Israel e respeite os acordos dos governos palestinos anteriores para recuperar o envio de ajudas diretas, interrompido em março, após sua posse. O Hamas nega se curvar a estas exigências.

Peretz também voltou a falar de sua disposição para selar a paz com o Líbano e à Síria.

"Não há nenhuma causa real para o conflito que nos opõe ao Líbano. Foram a agressão e as violentas provocações do Hezbollah contra nossas localidades e nossos soldados que nos forçaram a intervir", disse Peretz, referindo-se ao conflito recente.

"Nós estendemos agora a mão ao Líbano e também à Síria se esta pôr fim ao terrorismo e não se ligar ao regime do mal de Teerã", declarou.

Israel realizou uma guerra de um mês no Líbano contra o Hezbollah, após o seqüestro de dois de seus militares, em 12 de julho, pela milícia xiita libanesa apoiada por Irã e Síria.




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