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Mauá adia votação das contas de Oswaldo, mas PT pede mais prazo
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
08/02/2008 | 08:46
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A Câmara de Mauá começou o ano da mesma forma que terminou 2007: protelando a votação das contas de 2004 do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT).

Na Ordem do Dia da sessão de quinta-feira, a análise do relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que rejeitou os números do último ano da administração do ex-prefeito, foi adiada por mais duas sessões (próximo dia 19). Mas o PT já avisou que tentará postergar esse prazo para o final de março.

“Não encaro essa decisão como vitória ou derrota. Mas acho que o justo é que eu possa ter 30 dias de defesa a partir do momento que tiver acesso aos documentos da Prefeitura, que ainda não me foram dados”, diz Oswaldo. Se a Câmara rejeitar as contas, o petista – que disputará novamente a Prefeitura em outubro – poderá ficar inelegível.

Paulo Eugênio Pereira Júnior (PT) – que deverá ser candidato a vice-prefeito – comemorou o adiamento. “Vamos usar todo o tempo restante para tentar convencer os vereadores a aprovarem as contas de Oswaldo.”

A decisão de dar mais prazo ao petista, porém, não foi consensual dentro da base de apoio. Após reunião a portas fechadas de meia hora, durante a sessão, com o homem-forte do prefeito Leonel Damo (PV), Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), alguns parlamentares não escondiam a insatisfação. Manoel Lopes estava entre os descontentes. “Não consigo entender o motivo dessa demora. Para mim, isso já deveria ter sido votado.”

Relator das contas de Oswaldo, Lourival Lolô Rodrigues Fargiani (PDT) disse que a nova data arranhará a imagem do ex-prefeito. “Esse adiamento constante vai ter um custo político para ele.” O presidente Alberto Betão Pereira Justino (PSB) também ficou insatisfeito. “Por mim, teria votado e rejeitado as contas hoje. Mas não queremos que o Oswaldo diga que não demos o tempo necessário.”

A novela envolvendo as contas de Oswaldo teve início em julho de 2007, quando o relatório chegou à mesa de Betão. Em setembro, Lolô emitiu parecer pela rejeição das contas. Por lei, a Câmara tem até 180 dias para votar o parecer do TCE. Dessa forma, sem levar em consideração o período do recesso, o prazo oficial vence em abril.



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