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Coronel descarta ação discriminatória da polícia baiana
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
05/02/2008 | 15:50
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O diretor de Comunicação Social da Polícia Militar da Bahia, Aristóteles Borges, disse nesta terça-feira que os supostos excessos da PM na abordagem de negros no Estado não são fruto de um comportamento racista da corporação.

"Eu descarto (a existência de racismo na Polícia Militar do Estado). A Bahia, graças a Deus, é o Estado mais negro do Brasil, e a Polícia Militar é a instituição mais negra do Estado. É por isso que lutamos contra o preconceito que é inclusive sofrido por nós", afirmou o coronel Borges, reconhecendo-se afro-descendente.

Ele ressaltou a presença numerosa de negros entre os dirigentes da PM e repudiou qualquer tipo de discriminação.

"Destacaria que a maior parte dos cargos de direção, a partir do comandante-geral , é ocupada por oficiais e coronéis negros, porque essa é a nossa origem. É de lá que nós viemos. Sobretudo nós descartamos o comportamento racista porque somos ideologicamente engajados contra o preconceito e contra esse câncer que é o racismo.".

Outro aspecto que, na visão do coronel, comprova o respeito à diversidade racial na corporação é a existência de um núcleo para preservação da cultura negra e combate ao preconceito. "Temos na corporação um núcleo de religiões de matriz africana para dar dignidade a essa cultura religiosa que veio da nossa mãe África e que tem a meta de lutar contra qualquer forma de preconceito e discriminação."

Apesar das afirmações, uma organização de defesa dos afro-descendentes protestou durante o Carnaval de Salvador contra o modo de operar da polícia que, segundo os participantes, seria discriminatório. Uma matéria publicada nesta semana pela revista 'Carta Capital' aponta a execução de jovens negros na Bahia. Por isso, a polícia baiana investiga o caso.




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