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Ministro diz que julgamento do STF não tem relação com governo Lula
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
29/08/2007 | 16:40
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O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou nesta quarta-feira que o acolhimento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os 40 acusados de participar do escândalo do ‘Mensalão’ (espécie de ‘mesada’ paga a parlamentares da base aliada para que votassem a favor de projetos de interesse do governo), não tem nada a ver com o governo e nem significa um julgamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Dulci, o governo Lula foi julgado nas últimas eleições e recebeu uma aprovação consagradora do povo brasileiro.

“Quem julga politicamente não são as pessoas, ainda que as opiniões sejam todas respeitadas. Quem julga na democracia é o povo soberano. O povo soberano reelegeu consagradoramente o presidente Lula”, afirmou.

Entre os 40 denunciados estão três ex-ministros do primeiro mandato do presidente Lula: José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil; Luiz Gushiken, ex-chefe da Secretaria de Comunicação; e Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. Dirceu foi denunciado por corrupção ativa e formação de quadrilha; Gushiken por peculato (apropriação indevida de dinheiro público) e Adauto por lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

“Isso não tem nada a ver com o governo. A decisão do Supremo é de abrir processo contra pessoas individuais”, disse Dulci. Segundo ele, não cabe a um ministro de Estado comentar as decisões da instância máxima do Judiciário. “A decisão foi sobre os autos e não havia nada sobre o governo do presidente Lula em exame”.

Indagado se as decisões do STF deverão integrar a pauta do 3º Congresso do PT neste final de semana, em São Paulo, Dulci falou que o partido discutirá assuntos que interessam à maioria da população, como inclusão social e geração de emprego.

“É compreensível que a oposição queira impor sua pauta ao PT, mas é compreensível também, e desejável, que o PT discuta os problemas que interessam à maioria da população. Condição de vida, qualidade de vida, inclusão social, geração de emprego, esses são os problemas que interessam à maioria da população. Se tem um processo aberto pelo Supremo, que ele tramite, que as pessoas tenham pleno direito de defesa, e no momento oportuno, a Corte tomará sua decisão”, assinalou.

De acordo com o ministro, o presidente Lula deverá participar da abertura do encontro do PT na noite de sexta-feira.



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