A carta, em nenhum momento, deve ser entendida como uma intençao dos bispos de "pressionar o Papa ou ameaçá-lo, para conseguir uma modificaçao das instruçoes de Roma", de acordo com o jornal.
Os bispos esperam receber uma resposta durante os encontros previstos com o Santo Padre no mês de novembro.
A Conferência Episcopal alema nao quis confirmar ou negar a existência da carta.
O Vaticano havia enviado uma carta aos bispos alemaes pouco antes de sua reuniao no sínodo de outono em Fulda (centro), em setembro, ordenando à Igreja que deixasse de se envolver nos 270 centros de aconselhamento católicos sobre o aborto dos 1.690 que existem na Alemanha.
O aborto nao é proibido na Alemanha durante as primeiras doze semanas de gravidez, desde que as mulheres apresentem um documento atestando que procuraram orientaçao num dos centros.
Parar de entregar esses certificados ameaça o próprio funcionamento desses centros, para grande pesar de numerosos católicos alemaes que confiam no poder dissuasivo que exercem os centros sobre as mulheres.
A diocese de Paderborn (sul) anunciou no final de setembro, a suspensao da entrega dos certificados a partir de 1 de janeiro do ano 2000. Precursor isolado, o bispo ultraconservador de Fulda, Johannes Dyba, havia aplicado a medida desde 1993.
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