O jogador uruguaio Darío Silva está fora de perigo e nas próximas horas deverá abandonar a UTI do hospital onde está internado, mas já foi informado pelos médicos que teve a perna direita amputada.

"Nós lhe comunicamos que tínhamos realizado a amputação parcial de sua perna direita, com o objetivo de lhe salvar a vida. A notícia provocou um estado de depressão no paciente, mas compreendeu que era a única alternativa", explicou nesta quarta-feira o médico Mario Cancela.

O especialista destacou o grau de evolução experimentado, ainda que se preocupe com o aparecimento eventual de infecções.

Nesta quarta-feira treze pessoas, atendendo a solicitações, apareceram para doar sangue, já que nesta quinta-feira, Darío Silva será levado novamente à sala de cirurgia para se proceder a limpeza da região operada e extrair fragmentos para biópsia.

Em relação à amputação, Cancela observou que "a situação não é a mesma aos 70 ou 80 anos, que aos 33. Uma mão para um pianista, tem um valor diferente para um indivíduo que a usa para outras coisas. Tem-se que enfocar o tema, tratá-lo com ele e, certamente, necessitará de um apoio psicológico importante".

Darío Silva, de 33 anos sofreu no domingo passado um grave acidente em uma avenida costeira de Montevidéu, ao perder o controle de seu automóvel.

Os especialistas que o atenderam decidiram amputar sua perna direita, abaixo do joelho, onde sofreu fratura exposta, porque sua vida estava a perigo.

O jogador estava com dois companheiros, Elvio Pappa e Dardo Pereyra. Pappa se feriu sem gravidade, enquanto Pereyra nada sofreu.

Darío Silva, que defendeu a seleção uruguaia em várias ocasiões, estava atualmente sem clube. Aliás, seu último time foi inglês Portsmouth. Depois de ter sido revelado no Yerbalese de Trinta e Três, sua cidade natal, a 280 km a noroeste de Montevidéu, atuou no Defensor Sporting e Peñarol, antes de transferir-se para Itália para jogar no Cagliari, e mais tarde no Espanyol, Málaga e Sevilla, na Espanha.