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Brasil perde para os EUA na prorrogação e frustra sonho do ouro no futebol
Do Diário OnLine
26/08/2004 | 17:32
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A goleira Andréia é consolada após a derrota brasileira na final. Foto: COB As guerreiras da seleção feminina não conseguiram conquistar o primeiro ouro olímpico para o futebol brasileiro. O Brasil perdeu por 2 a 1 para os Estados Unidos, nesta quinta-feira à tarde, no estádio Karaiskaki (Atenas), pela partida final das Olimpíadas. A derrota para as americanas, no 2º tempo da prorrogação, garantiu um pódio inédito para o futebol feminino brasileiro. Após amargar o 4º lugar em Atlanta-1996 e Sydney-2000, a seleção conquistou a medalha de prata. Desprestigiadas no 'país do futebol', as meninas já conseguiram igualar o melhor resultado dos marmanjos em Olimpíadas.

"Pelo que o Brasil não fez no futebol feminino, essa medalha de prata está ótima", afirmou a goleira Andréia. "Estamos trabalhando há seis meses e o pódio foi um bônus. O verdadeiro vencedor hoje foi o espectador. Foi um jogo muito bom", completou o técnico Renê Simões.

A seleção feminina começou o jogo melhor e enfrentou as favoritas norte-americanas de igual para igual. Mas o Brasil acabou punido justamente quando exercia um relativo domínio da partida. Lindsay Tarpley bateu bonito de fora da área e surpreendeu Andréia fazendo 1 a 0, aos 39 do 1º tempo.

O Brasil não desistiu e foi buscar o empate no 2º tempo. Mesmo sem repetir a boa atuação da etapa inicial, a seleção conseguiu balançar a rede da goleira Scurry. Cristiane invadiu a área pela esquerda, se livrou de duas zagueiras e bateu cruzado. A goleira americana soltou a bola no pé de Pretinha, que só empurrou para a rede: 1 a 1, aos 27.

O gol embalou as meninas, que voltaram a dominar a partida. Cristiane e Pretinha, em chutes de fora área, acertaram a trave de Scurry na fase final. Mas a partida estava fadada à prorrogação.

No início do tempo extra, a árbitra sueca Jenny Palmqvist passou mal e foi substituída por Dianne Ferreira-James, da Guiana. A juíza reserva já entrou fazendo lambança, pois não marcou um pênalti claro a favor do Brasil – a zagueira americana desviou a bola com as duas mãos num cruzamento na área.

Na fase final, as norte-americanas encontraram um gol em sua jogada mais forte: a aérea. Após cobrança de escanteio, Abby Wambach subiu livre e cabeceou para o fundo do gol brasileiro. 2 a 1, aos 6 do 2º tempo da prorrogação.

"O futebol é o esporte número 1 do mundo. E uma das razões para isso foi mostrada aqui. O melhor time não ganhou. Isso é fascinante no futebol. Hoje o Brasil foi melhor e mereceu vencer. Parabéns aos Estados Unidos, que agüentaram a pressão e fizeram mais gols que o nosso time", resumiu Renê Simões.




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