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Diadema terá Sistema de Vigilância Eletrônica
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
22/05/2003 | 20:59
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O Jardim Campanário, em Diadema, deve receber até o começo do segundo semestre 16 câmeras de vídeo, que serão instaladas em ruas, praças e avenidas para evitar crimes nessa área da cidade. Em quatro outros municípios do Grande ABC esse tipo de iniciativa não surtiu resultados desde que começou a ser utilizado, há dois anos. O dinheiro para a compra dos equipamentos de Diadema – US$ 220 mil (cerca de R$ 640 mil) – está sendo doado por um grupo de 25 industriais filiados à regional da cidade da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). A Prefeitura irá administrar o sistema, monitorando as câmeras a partir de centrais instaladas na Coordenadoria de Defesa Social do município e no NAP (Núcleo de Atendimento à População) do bairro. Segundo a coordenadora de Defesa Social, Regina Miki, a administração busca novas doações, para instalar câmeras de monitoramento em outros bairros.

As câmeras que serão compradas possuem giro de 360°, sistema de zoom, além de hastes móveis, e podem ser trocadas de local com facilidade. “Com base em estatísticas fornecidas pela polícia, uma câmera pode ser retirada de um ponto e alocada em outro, para vigiar um cruzamento considerado violento”, disse Regina.

A praça Celite, a rua Paranapanema e os cruzamentos entre a rua Solimões e Brasília e entre a Solimões e a Prestes Maia estão entre os 16 pontos que vão receber câmeras. De acordo com Regina, até o fim do ano a Prefeitura irá utilizar estatísticas da polícia para definir se mantém ou não os equipamentos em cada local.

A instalação de câmeras em outros bairros ainda não tem prazo para acontecer. A Prefeitura encaminhou um projeto à Secretaria Nacional de Segurança Pública, mas o Governo Federal não respondeu à Prefeitura sobre a cessão de verbas. Enquanto a União não acena com dinheiro, a administração espera que outras indústrias tomem a mesma iniciativa do grupo localizado no Jardim Campanário.

Regina citou bairros situados em divisas da cidade – onde a fuga de criminosos fica mais fácil – como passíveis de receber esse tipo de equipamento. “Todo bairro que fica nos limites de município é problemático, como também é o caso do Jardim Eldorado”, disse. O Jardim Campanário fica na divisa de Diadema com o bairro Jabaquara, em São Paulo. Eldorado faz divisa com São Paulo e com São Bernardo.

A doação das 16 câmeras para o Campanário é articulada pelos empresários desde 2001. Após uma série de oito seqüestros no bairro, de acordo com levantamento da Ciesp, os industriais solicitaram apoio da entidade. Como resultado, foi acertada a doação dos equipamentos à Prefeitura. “Nós não fazemos apenas cobranças, mas damos idéias e apoio também, além de termos participação no Conselho Municipal de Segurança”, disse o diretor-adjunto da Ciesp, David Lopes Schimidt.

População – Para Schimidt, além de beneficiar empresários temerosos em sofrer seqüestros ou assaltos, as câmeras vão trazer mais segurança à população de Diadema. “As câmeras vão trazer muito mais segurança para os locais onde serão instaladas, como se multiplicassem o raio de ação da polícia”, disse. “Vamos mensurar o resultado da instalação das câmeras por meio das estatísticas da polícia”, disse Regina Miki.

De acordo com a coordenadora de Defesa Social, a administração irá instalar os equipamentos com um cronograma de manutenção continuada – a intenção é evitar que os equipamentos se deteriorem e saiam do ar com o passar dos meses, situação que se verifica nas outras cidades da região.

Plano – A instalação de câmeras está prevista no plano municipal de segurança, que vem sendo produzido desde 2001. O plano é elaborado pela Prefeitura, com apoio do Conselho Municipal de Segurança, e envolve integrantes da sociedade, empresários e a polícia. “Diversas ações de segurança, como a Lei Seca, e a utilização de câmeras, só são possíveis graças à integração, como a que fazemos com a polícia”, disse Regina.




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