Diarinho Titulo Conscientização
Prontos para o combate
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
06/03/2016 | 11:42
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Claudinei Plaza/DGABC


Aedes Aegypti. Esse é o nome do grande vilão da atualidade. O pequeno mosquito, que parece pernilongo e é todo listrado (cores branca e preta), pode transmitir três doenças: dengue, febre chikungunya e o zika vírus. O sintoma comum aos três é a febre. Ela significa que algo de errado está acontecendo: seja uma inflamação ou infecção. Daí, o corpo humano ativa as células de defesa para combater esses ‘invasores’. Cada complicação conta com características específicas (veja no quadro ao lado).

O ideal a se fazer é prevenir. Como o mosquito é o responsável pela transmissão, é preciso evitar sua multiplicação. “A melhor coisa é não deixar que água limpa fique parada em recipientes, pois é onde o mosquito gosta de colocar seus ovos”, explica Melissa Rodrigues Rosa, 6 anos, do Colégio Metodista, de São Bernardo. Ela e seus colegas estão aprendendo sobre as doenças transmitidas pelo Aedes.

Filipe Moreira, 9, dá a dica para evitar de ser picado. “É preciso passar repelente todos os dias. Já acostumei.” Por meio de projetos sobre o tema na escola, Carolina Rodrigues Conceição, 9, aprendeu por que é tão importante usar o produto. “Ele contém uma substância chamada icaridina, e o cheiro dela não agrada o mosquito.”

Sua colega Paula Moreno Ferreira, 6 anos, viu de perto os sintomas quando seu pai pegou dengue. “Ele só queria ficar na cama, de tão fraco que estava, e sentia dores no corpo.”

AÇÕES QUE AJUDAM

Vasinhos de flores, pneus, latas de lixo, calhas e caixa-d’água são lugares que o Aedes procura para deixar os ovos. “Não se pode deixar esses objetos no quintal ou abertos pela casa. E, em períodos de chuva, temos que recolher tudo que possa juntar água”, conta Julia Nascimento Oliveira, 8, da Escola Municipal Lavínia Figueiredo Arnoni, de Ribeirão Pires. As informações foram aprendidas com a ajuda de série de atividades variadas durante as aulas.

“Nos ralos, que sempre acumulam água, é importante que os adultos coloquem cloro (água sanitária com químicos capazes de eliminar as larvas do inseto)”, conta Gustavo Bastos de Moraes Soares, 8. “Não precisa tirar as flores de casa, basta colocar areia no pratinho que fica embaixo do vaso”, completa Miguel Ramos Costa, 8.

Também de Ribeirão Pires, Amanda Silva Valcacer, 7, acha legais as discussões sobre o tema. “Uma boa armadilha para que o mosquito não encontre água parada é virar os potes para baixo. Assim, ela sempre escorre no chão.”

No caso de infecção, a primeira coisa é ir até o hospital e seguir as orientações médicas. Sucos e frutas ajudam o corpo a se recuperar. Outra dica importante é lavar sempre as mãos – também com álcool gel. A responsabilidade de combater as doenças é de todos e temos que ficar atentos.


Mosquito fêmea é quem transmite as doenças

O Aedes aegypti tem o hábito de voar baixo e picar membros inferiores das pessoas, casos de pernas e pés, além de buscar as mãos. Geralmente, ele fica ativo no início da manhã e no fim da tarde.

É o mosquito fêmea o responsável por picar os seres humanos. Caso esteja infectado, ele pode transmitir uma das três doenças (dengue, zika vírus e febre chikungunya). O inseto coloca ovos no recipiente com água parada e o embrião leva de dois a três dias para sair da proteção – sendo dois dias no verão e três no inverno, tudo depende da temperatura ambiente.

Caso o local esteja seco e não haja água, a ‘casca’ do ovo vai endurecendo por ressecamento e pode manter a larva ‘viva’ por até 450 dias, até que tenha água no recipiente (no caso de chuva, por exemplo). O líquido amoleçe a casca e o animal consegue deixar o casulo. Ele passa por vários estágios de desenvolvimento e se transforma em mosquito. O processo leva cerca de dez dias.

As larvas do Aedes, ao contrário dos ovos, são muito sensíveis. Se notar alguma na água de um balde, por exemplo, basta virá-lo para que as larvas morram rapidamente, ou pode-se jogá-las no esgoto. Caso isso aconteça, é importante lavar o recipiente com esponjas e produtos de limpeza, pois podem haver ovos ‘colados’ no item sem que as pessoas percebam. 




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