O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, anunciou nesta semana que acionou a Polícia Federal para investigar denúncias de facilitação de diplomas em duas instituições de ensino superior: a Universidade de Nova Iguaçu (Unig), no Rio de Janeiro, e as Faculdades Integradas de Filosofia, Teologia, Ciências Humanas e Sociais (Faifitechs), em São Paulo.

Paulo Renato disse que enviou pedido ao ministro da Justiça, José Gregori, para investigar também os agenciadores responsáveis pelo aliciamento e matrícula dos alunos denunciados pela imprensa.

"A Faifitechs não é reconhecida pelo MEC e não pode, portanto, oferecer cursos nem emitir diplomas. Se o que for apurado é real, ela está cometendo crime de falsidade ideológica", afirmou.

O ministro anunciou a criação de uma comissão para apurar, em dez dias, as possíveis irregularidades praticadas pela Unig na oferta do programa especial de formação pedagógica para docentes.

De acordo com as denúncias, a universidade oferece cursos que deveriam ter 1.820 horas/aula em 13 sábados. Ele esclareceu que, se as denúncias forem comprovadas, os alunos que participaram dos cursos terão os diplomas anulados e a universidade pode até ser fechada.

Paulo Renato determinou também a instauração do processo de recredenciamento da Unig. Ele destacou que o MEC já vinha recebendo outras denúncias de irregularidades e a universidade teve reiterados maus desempenhos nas avaliações. O processo de recredenciamento deve durar 120 dias. Até lá, a universidade não poderá criar novos cursos nem abrir novas vagas.

"O processo de recredenciamento é importante porque vai avaliar todas as condições de funcionamento da universidade. Vamos verificar se ela cumpre, por exemplo, os requisitos de pesquisa e de qualificação do corpo docente. Se ela não tiver uma área forte em pesquisa, se não tiver pós-graduação reconhecida, poderá ser descredenciada como universidade. Pode até manter os cursos, mas voltará a ser faculdade ou um centro universitário", explicou.

Informações da Agência Brasil.