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Líderes de câmaras são contra a lista fechada
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
24/05/2009 | 07:00
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Quatro dos sete presidentes das câmaras municipais do Grande ABC não concordaram com a adoção do sistema por lista fechada, pauta que é discutida na reforma política e que poderá ser votada em breve pelo Congresso Nacional. A maioria vê com simpatia e acredita que o voto distrital misto seria mais adequado ao nosso sistema eleitoral.

Os presidentes das câmaras de Santo André, Sargento Juliano (PMDB), de São Bernardo, Otávio Manente (PPS), de São Caetano, Gersio Sartori (PTB) e de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PDT), declaram-se contrários à lista fechada ressaltando que o sistema inviabiliza a vontade do eleitor.

"Sou totalmente contra. É um absurdo, ridículo e antidemocrático o que estão querendo fazer. Não representa a vontade do povo. A lista fechada é um voto no escuro. É melhor votar em branco, nulo ou até mesmo ficar em casa dormindo e depois justificar por R$ 3, pois assim a pessoa fica menos nervosa", argumentou Sargento Juliano.

"Restringe a escolha dos representantes da população e tira o direito de qualquer cidadão comum de pleitear uma vaga eletiva. O voto distrital misto é o mais adequado para o modelo atual de eleição", afirmou Gersio Sartori.

Os presidentes petistas das câmaras de Diadema e Mauá foram os únicos que se posicionaram a favor do sistema de votação por lista fechada. "Fortalece os partidos e consequentemente a democracia. Sobre as críticas de que a lista poderia favorecer determinados integrantes de um partido, acredito que é possível promover adequações para quebrar essa teoria", analisa Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, de Diadema.

"Sou a favor da lista, pois fortalece as siglas e por tabela os programas partidários. Também leva os candidatos a se prepararem melhor para defender os princípios e temas relevantes de seu partido", acredita Rogério Santana, de Mauá.

O presidente do Legislativo de Rio Grande da Serra, Edvaldo Francisco Guerra (PV), foi o único que não se posicionou sobre o assunto. "Não tenho opinião formada ainda", revelou.

FINANCIAMENTO - A destinação de recursos públicos para as campanhas eleitorais é aprovada por cinco dos sete presidentes das câmaras municipais do Grande ABC. "Sou favorável. Torna o processo bem mais transparente", acredita Edson Savietto, o Banha, de Ribeirão Pires.

Otávio Manente, do Legislativo de São Bernardo, foi o único que se colocou contra o sistema. "As siglas já recebem recursos do fundo partidário. O governo deveria aplicar esse dinheiro em Saúde, Segurança, Educação e promoção social", avalia.

Colaboraram Beto Silva e Leandro Laranjeira




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