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Irmao de segurança morto nega relaçao com caso PC
Do Diário do Grande ABC
11/04/1999 | 17:45
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O cabo PM Reinaldo Correia de Lima, 37 anos, ex-segurança de Paulo César Fárias, disse neste domingo que o assassinato do seu irmao, o sargento PM Rinaldo Correia, 34 anos (que fazia a segurança dos filhos do empresário) nao tem ligaçao com o caso PC. Rinaldo foi assassinado com três tiros, no dia 2 de abril, no conjunto Joaquim Leao, periferia de Maceió. "Meu irmao morreu de graça, numa briga com uma galera, quando passava por uma favela", afirmou Reinaldo.

Para o militar, o fato de Rinaldo ter sido assassinado quatro dias após o promotor Luiz Vasconcelos ter pedido novas investigaçoes sobre as mortes do empresário e da namorada Suzana Marcolino é uma mera coincidência. O pedido do promotor foi atendido na última quinta-feira pelo juiz Alberto Jorge Correia de Lima.

O sargento Rinaldo seria ouvido sobre o caso, porque no dia das mortes de PC e da namorada estava de serviço, trabalhando na segurança dos filhos do empresário.

Segundo Reinaldo, seu irmao trabalhava na equipe de segurança dos filhos de PC, Ingrid e Paulinho, quando os dois vinham de férias da Europa. Quando PC foi encontrado morto ao lado de Suzana Marcolino, em 23 de junho de 1996, Rinaldo tinha sido contratado para atuar durante três meses como segurança do empresário.

"No dia do crime meu irmao estava fazendo a segurança dos filhos do chefe, mas nao estava na casa de praia onde os corpos foram encontrados", afirmou Reinaldo. "Era noite de sábado para domingo, véspera de Sao Joao, os filhos de PC estavam se divertindo e o meu irmao trabalhava na segurança de um deles, nao lembro se de Ingrid ou de Paulinho."

Reinado estava escalado para trabalhar de domingo para segunda (de 23 para 24). Chegou à casa de praia do empresário às 9 horas da manha, para render um dos dois seguranças que iam entrar de folga. O plantao de sábado para domingo era de Adeildo e Geraldo, que quando foram rendidos nao relataram nenhuma anormalidade.

Além deles, estavam na casa mais dois vigias, o garçom, o caseiro e a mulher que trabalhava como arrumadeira. "Era um domingo como outro qualquer, ninguém, naquele início de manha, desconfiava de nada."

PC havia pedido para ser acordado às 11 horas, segundo os seguranças que o precederam. Por volta das 10 horas o garçom foi buscar o café na casa grande (a mansao de PC que fica em Mangabeiras, próximo a casa de praia, em Guaxuma). Quando o garçom voltou com o café e foi acordar PC (era ele quem sempre fazia isso) ninguém respondia no quarto, segundo Reinaldo.

"Fui chamado pelo garçom , para ajudar acordar o chefe. Fomos até o quarto, batemos várias vezes na porta, como ninguém dava sinal de vida, pegamos um cavador e, com a ajuda do caseiro Leonino, arrombamos a janela, usando como base um tesourao de cortar grama", relata Reinaldo. "Foi quando vimos a cena do crime."

Legista - Para o médico legista e professor de Medicina Legal da Universidade Federal de Alagoas, coronel PM Geoge Sanguinetti (que sempre contestou a tese de crime passional para as mortes de PC e Suzana), "a morte de Rinaldo é outra queima de arquivo e foi planejada para intimidar os demais seguranças".




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