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Depois de paralisações, Colgate fecha PLR de R$ 1.900
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
03/08/2010 | 07:21
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Depois de meses de negociação, os 1.500 trabalhadores da Colgate, em São Bernardo, aceitaram R$ 1.900 como PLR (Participação dos Lucros e Resultados) , o valor, proposto pela empresa, foi aprovado em assembleia realizada na fábrica. Quem ganha piso de até R$ 2.324 receberá o valor e quem têm honorários acima disso ganhará 74% do salário.

Apesar da decisão, o Sindicato dos Químicos do ABC afirma que deve reunir-se com representantes da empresa no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na quinta-feira por conta de "irregularidades tomadas pela direção do local durante as negociações".

Além da demora no atendimento da entidade, o diretor do sindicato, Wanderley Salatiel, reclama que a Colgate teria adiantado, e também atrasado, em até quatro horas os turnos de trabalhadores para evitar paralisações. Além disso, a empresa teria feito os funcionários assinarem, sem qualquer aviso ao sindicato, documento em que aceitariam o valor de R$ 1.850 de bônus durante as negociações.

"Não vamos discutir o valor do PLR nessa reunião, isso já está definido, mas não queremos que a empresa volte a fazer esse tipo de situação. Isso não pode ser aceito. Temos séria dificuldades na comunicação e negociação com a empresa", afirma Salatiel.

O diretor diz ainda que três funcionários da fábrica foram demitidos durante as reuniões, o que viola as normas trabalhistas. "A empresa ameaçou funcionários para que aceitassem a proposta de R$ 1.850 e ainda demitiu, mesmo com a pauta lei de greve. Não vamos abrir mão dessa discussão no TRT", avisa Salatiel.

SEM ACORDO
As negociações entre sindicato e Colgate começaram ainda maio, mas seguiram sem acordo entre as partes desde então. Com o aquecimento da economia, o sindicato pleiteava R$ 2.000 de PLR, contra os R$ 1.720 pagos em 2009, durante a crise econômica mundial, mas a empresa não abriu mão do valor de R$ 1.850 já oferecido.

Sem o acordo a entidade anunciou ‘paralisações pipocas' - manifestações que aconteciam durante a troca de turnos do servidores. Mas, mesmo após paralisações na semana passada, a empresa ofereceu apenas R$ 50 a mais do que o valor inicial de R$ 1.850 e os trabalhadores aceitaram.




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