A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia de ajustes e voltou a fechar em alta nesta quarta-feira. O índice Ibovespa subiu 3,87%, maior avanço desde o dia 6 de março, e atingiu os 51.744 pontos, com volume financeiro de R$ 5,27 bilhões. O dólar comercial, por sua vez, fechou em baixa de 1,17%, cotado a R$ 2,013 para a venda.
O mercado brasileiro dá sinais de recuperação e atravessa uma fase de correção de perdas. As fortes quedas ocorridas na semana passada tornaram os preços dos papéis mais atraentes e faz com que os investidores voltem a se interessar pelos ativos do país. “Os investidores aproveitam o momento para realizar compras a curto prazo”, afirma o gerente comercial da corretora Elite, Marcelo Vieira.
A ausência de notícias negativas nos Estados Unidos, sobretudo sobre a
crise no setor imobiliário de alto risco (conhecido como “subprime”) também foi determinante para a alta da Bolsa paulista, de acordo com Vieira.
Nesta quarta-feira, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano)
disponibilizou mais US$ 2 bilhões para garantir a liquidez no sistema financeiro dos Estados Unidos. “A intervenção do Fed foi pequena, mas causou um efeito moral. Os mercados entenderam que a instituição acompanha de perto a crise”, afirma Vieira.
Analistas, no entanto, não descartam a possibilidade de novas volatilidades nas próximas semanas, já que os investidores ainda não sabem dimensionar o tamanho do impacto que a crise norte-americana causou. “O que aconteceu hoje foi uma trégua de notícias ruins, mas os mercados ainda correm riscos”, ressalta.