Em todo o mundo, salões de automóvel são oportunidades para a indústria mostrar ao público tendências em termos de novas energias, variações de design, tecnologias e sustentabilidade. Dependendo do estágio e do poder de compra do mercado em que é realizado, o evento pode focar mais um tema do que outro. Neste ano, por exemplo, o Salão de Paris evidenciou a importância do híbrido para ajudar o continente a reduzir consumo e, mais importante, emissões. São Paulo aborda vários temas, sem foco definido.
Há vários modelos híbridos em exposição, mas a predominância do flexível por aqui reduz a importância que a tecnologia tem para europeus, que, aliás, têm muito mais renda para bancar o custo do desenvolvimento de veículos que precisam de baterias para serem movimentados. Com a predominância de lançamentos de importados no Anhembi, o design nacional fica em segundo plano na 26ª edição do Salão, que comemora 50 anos de existência. Os asiáticos também marcam presença e reafirmam sua disposição de tirar fatia das montadoras líderes de mercado. O avanço da tecnologia está muito presente nas marcas de ponta, como Mercedes-Benz, Porsche, Jaguar, BMW, entre outras.
Antes de os portões abrirem hoje para o público, a mídia especializada teve oportunidade de ver, em primeira mão, entre ontem e anteontem, o que os mais de 42 expositores têm para apresentar em 12 dias de evento. A segunda-feira foi dedicada às marcas filiadas à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Ontem foi a vez da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores).
CHEVROLET
A General Motors pretende renovar 12 produtos fabricados localmente até 2012, mas não mostrou nada de relevante no Salão do Automóvel - com exceção da Montana, que ainda não é conhecida do grande público, mas que já foi lançada oficialmente.
Novidades mesmo, só as de fora. A grande aposta do estande é o esportivo Camaro, que finalmente estreia aqui por R$ 185 mil. Outro destaque é o Omega, que volta a ser importado da Austrália numa versão especial de 600 carros batizada com o nome do ex-piloto Emerson Fittipaldi. Custará R$ 128 mil. A Chevrolet ainda destacou em sua apresentação o sedã Malibu, que já é trazido dos Estados Unidos.
O vice-presidente de Comunicação e Relações Públicas, Marcos Munhoz, informou que a GM procurou definir preços dos importados independentemente de flutuações cambiais. Ele disse que os dois veículos completam a gama oferecida pela marca, que é uma das maiores do mercado. Segundo ele, o Omega será um modelo mais destinado a empresas, enquanto o Malibu é voltado para o consumidor comum.
Jaime Ardila, presidente que comanda as operações da GM em toda a América do Sul, afirmou que serão vendidos 1 milhão de carros da companhia neste ano na região - cerca de 660 mil no Brasil. "Será um novo recorde, que esperamos seja quebrado em 2011."
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