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Fórmula Indy deve gerar US$ 400 mi em negócios
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
13/03/2010 | 07:00
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Cerca de 200 empresários brasileiros devem oferecer seus produtos a 130 estrangeiros durante a etapa brasileira da Fórmula Indy, que acontece entre hoje e amanhã no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.

Quem está organizando a rodada de negócios e subsidiando estadia, traslado e alimentação dos visitantes é a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que disponibilizará camarote para sediar as conversações.

O diretor de negócios da Apex, Maurício Borges, conta que a expectativa de vendas ao Exterior, fechadas durante todo o campeonato automobilístico - que conta com 14 corridas nos Estados Unidos, duas no Canadá, uma no Japão e uma no Brasil, pela primeira vez -, é de US$ 400 milhões. No ano passado, foram alcançados US$ 370 milhões.

Para a etapa nacional, ele estima que sejam vendidos em torno de US$ 50 milhões. "Nosso papel é incentivar as exportações brasileiras. Com isso ganhamos o respaldo do País em todo o mundo", justifica.

REGIÃO - Entre os participantes destacam-se indústrias do Grande ABC, como a Topema Cozinhas Planejadas, de Diadema. "Trouxemos cinco empresários para conhecer nossos produtos, entre responsáveis pelas compras da rede hoteleira Accor na América Latina, representantes de uma empresa de máquinas de reciclagem de lixo orgânico e um distribuidor da área de cozinhas industriais", conta Eloisa Abolis, assistente de exportação da Topema.

Embora Eloisa não consiga estimar quanto deve ser gerado em negócios, ela conta que uma cozinha de hotel custa em torno de R$ 400 mil, a de uma rede de fast-food, R$ 100 mil e a de uma indústria pode variar entre R$ 200 mil a R$ 2 milhões. "Certamente fecharemos algum contrato durante o evento", afirma.

Outro integrante do programa de rodadas de negócios durante a Fórmula Indy é o Grupo Wheaton Brasil, fabricante de embalagens de vidros e utilidades domésticas de São Bernardo. "Houve um imprevisto e não vamos mais participar da etapa deste fim de semana, mas já temos presença marcada em diversas corridas dos Estados Unidos", explica Phillipe Oliveira, representante de exportações ao mercado norte-americano do Wheaton.

Oliveira diz que lá será mais fácil porque os empresários, norte-americanos, já estarão em seu país. "Vamos expor nossos produtos no camarote da Apex sem custo nenhum, pois é a entidade que financia", destaca.

A expectativa de vendas da empresa ao Exterior durante todo o campeonato é de R$ 500 mil. Para se ter uma ideia, segundo o representante, um pedido de frascos de vidro pode variar entre US$ 10 mil e US$ 20 mil. Se for voltado ao setor de cosméticos, pode atingir até US$ 50 mil. "No ano passado, durante a etapa de Miami, fechamos um excelente negócio. Agora estamos desenvolvendo novo produto para eles", diz Oliveira, sem poder revelar o cliente.

Os estrangeiros demandam, ainda, cerâmica, cosméticos, móveis, café, etanol, vestuário, cachaça e vinhos.




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