Muitos cidadãos da China, que vive um boom econômico, voltam-se novamente para a religião ou retomam práticas espirituais, uma tendência que poderia impulsionar o país mais populoso do mundo para uma sociedade compassiva, disse o Dalai Lama.

O líder espiritual exilado do Tibete discursou numa cerimônia em Washington na noite desta terça-feira, e disse que a China percebeu que a riqueza material apenas não resolve suas "necessidades profundas".

"Os chineses estão retomando a espiritualidade, cristã, islâmica, budista", afirmou o líder de 70 anos. "Um grande número de chineses já mostra interesse no budismo tibetano, que eventualmente pode ajudar a atender às necessidades de milhões de jovens chineses, que sentem que lhes falta algo por dentro", disse o ganhador do prêmio Nobel da Paz.

O Dalai Lama chegou no último dia 8 aos Estados Unidos, em uma visita que incluiu conversas com o presidente George W. Bush e a secretária de Estado Condolezza Rice. Os encontros anteriores entre Bush e o Dalai Lama, em 2001 e 2003, provocaram a ira das autoridades chinesas.