Antes de começar a investir em ações, é desejável entender o mercado destes papéis. Em termos gerais, os preços dos títulos sobem quando existe grande procura por eles. Se a oferta supera a demanda, ocorre a chamada desvalorização.

Para que uma empresa tenha ações negociadas em Bolsa de Valores, ela deve abrir o seu capital. Esse processo consiste em adequar a companhia às regulamentações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e cumprir requisitos previstos na Lei das S.As. (Sociedades Anônimas). Resumidamente, a empresa deve se profissionalizar com o objetivo de alcançar sempre o lucro, para repassar aos seus investidores, que compraram suas ações.

TRANSPARÊNCIA
A transparência também é ampliada, tornando públicos todos os resultados financeiros a cada trimestre.

Portanto, resultados positivos e movimentos na economia do País podem mexer com o humor do mercado, o que automaticamente valoriza ou deteriora as ações. E aí começa o jogo do mercado de capitais.

A BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), por meio de nota, informa que "os acionistas são sócios das empresas, logo participam da distribuição de resultados, ou seja, recebem dividendos". Portanto se a companhia tem lucro, os investidores também ganham proporcionalmente ao número de ações que possuem.

A BM&FBovespa explica que "se uma empresa está apresentando prejuízo, as ações sofrem queda como reflexo". Para exemplificar, se um papel custa R$ 10, os maus resultados diminuem a demanda pela ação, que pode cair para R$ 8 ou R$ 5; portanto, ela perde valor.

Então, a entidade financeira aconselha que os pequenos investidores pensem em investir em ações como uma poupança. "Os investidores devem distribuir seus recursos em uma carteira de investimentos diversificados", não só ações, assim garantindo bom rendimento para a sua poupança.

Investidor deve acompanhar andamento do mercado

Mesmo deixando uma corretora de valores, especializada em investimentos, trabalhar com seu dinheiro, o pequeno investidor deve entender e acompanhar o desempenho da empresa alvo e suas ações.

O mercado analisa as ações dividindo-as em três categorias. As de primeira linha são mais negociadas e demandadas pelos investidores. Normalmente, são partes de empresas de grande porte como a Petrobras, Vale, Usiminas e Gerdau.

De acordo com o proprietário da corretora Agea Investimentos, de Santo André, Ayrton Kamehiro Naka, as ações de primeira linha "são mais seguras, pois as chances de uma empresa desse porte quebrar é mínima". Porém os preços variam menos.

Os papéis de segunda linha são, normalmente, de empresas de médio ou grande porte, porém menos procuradas e negociadas na Bolsa. As de terceira linha pertencem a companhias de médio e pequeno portes e têm descontinuidade nas negociações.

"Nessas de segunda e terceira linha, o risco é muito maior. Só que o risco e retorno sempre andam juntos no mercado de capitais", afirma Naka.

Os papéis também são divididos em ON (ordinárias), cujo possuidor tem direito ao voto no conselho deliberativo da companhia, e PN (preferenciais). Essa última não dá direito a votos, mas sim preferência para a distribuição dos resultados.

ONDE ACOMPANHAR
Em São Paulo, a BM&FBovespa é a casa de transações de ações. Em seu site Pregão Online (www.bmfbovespa.com.br/Pregao-Online), é possível acompanhar o movimento destas ‘partes' fracionadas das companhias negociadas.

Na página principal, estão dispostas as cinco ações mais valorizadas e as cinco com maior desvalorização no dia em questão. Também está disposta a variação do Ibovespa, que é o índice de movimentação das 50 ações mais negociadas na BM&FBovespa.