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Brigas no PT marcam dia de convençoes no Rio
Do Diário do Grande ABC
18/06/2000 | 18:04
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Duas brigas envolvendo dirigentes e delegados - inclusive o presidente regional do PT, Carlos Santana - marcaram neste domingo a convençao em que o partido fechou sua chapa de candidatos a vereador e definiu sua política de alianças para as eleiçoes de 2000. Apesar das confusoes e das divergências, a legenda resolveu procurar o PCdoB para oferecer a vaga de candidato a vice-prefeito e uma coligaçao na chapa para a Câmara Municipal. A iniciativa terá a participaçao de dirigentes nacionais do partido, entre eles o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Os dois conflitos começaram com brigas entre o vice-presidente do PT na capital, William Campos, e um assessor de Santana, Juarez Ferreira. Há duas versoes para o motivo. Uma é que Ferreira teria instado Campos a voltar para a mesa que presidia os trabalhos e, depois de ouvir um palavrao como resposta, teria reagido com violência. Outra é que o vice-presidente teria se recusado a aceitar uma proposta de acordo a ser levado ao PCdoB, com uma proposiçao de tempo na propaganda eleitoral a ser dado ao possível aliado.

"É por causa do Flamengo e Vasco deste sábado, ainda estao eufóricos", disse a candidata à prefeitura, vice-governadora Benedita da Silva, após o tumulto na convençao, que ocorreu no Clube dos Portuários. "Isso acontece quando acabam os argumentos."

Na primeira briga, Ferreira tentou atacar Campos, num tumulto em que Santana se armou com uma cadeira. O segundo foi cerca de dez minutos depois: o assessor deu um chute no dirigente municipal, quando este dava uma entrevista. O presidente do PT carioca, Wilson Farias, chegou a cancelar o encontro, mas voltou atrás. Na convençao estadual do ano passado, também ocorreram brigas.

O partido aprovou coligaçoes com o PCdoB, PCB, PDT e PSB. Na prática, só há chance de aliança com o PCdoB, já que PSB e PDT têm candidatos próprios, e o PCB apóia os socialistas. O PT aprovou uma chapa de 63 candidatos a vereador.

Uniao - No PFL, predominou o clima de festa. A convençao, no Clube Olimpo, na Penha, bairro da zona norte da cidade, com cerca de 4.000 pessoas, lançou a candidatura do prefeito Luiz Paulo Conde à reeleiçao e aprovou a coligaçao com o PMDB.

O acordo fora negociado na véspera entre o presidente do PFL na cidade, Rubem Medina, e o presidente regional peemedebista, Moreira Franco. O deputado Sérgio Cabral Filho, que era o pré-candidato peemedebista, renunciou em favor do pefelista.

Neste sábado, foi à convençao e discursou em favor de Conde. "O acordo está 99% fechado, só falta formalizar", garantiu Medina. Em sua conversa com Moreira, ficou acertado que Marcelo Reis e Luís Alberto Bittencourt, do PFL, e o deputado Jorge Picciani, pelo PMDB, vao discutir uma proposta para formalizaçao da aliança. "Eles vao se entrosar para que nao ocorra discriminaçao entre candidatos", afirmou Medina.

A possibilidade de um candidato a vice indicado pelo PMDB foi descartada. O PFL aprovou o nome de Sérgio Magalhaes, também do partido, para a vaga. "Senao, o vice vira um problema, nao posso viajar nem ficar doente", disse Conde.

O PSB também lançou o seu candidato em convençao: o deputado federal Alexandre Cardoso. Serao 84 candidatos a vereador. A vaga de vice ainda está aberta. "Vamos aguardar decisoes de outros partidos esta semana", disse Cardoso. Cerca de 1.500 pessoas compareceram à convençao, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no centro.

Outro partido a oficializar sua chapa neste domingo foi o PSDB, que lançou Ronaldo Cezar Coelho com a professora Maria de Lourdes Henrique como candidata a vice. "Minha vice nao é um tempo de televisao', disse Coelho, justificando a inexistência de coligaçoes. "Quero ver a cidade como uma regiao metropolitana com 10,5 milhoes de habitantes.

O tucano disse que vai defender, em sua campanha, o presidente Fernando Henrique Cardoso e sua administraçao. "Sou muito ligado ao presidente, somos amigos íntimos."




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