A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operou em queda durante quase todo o dia, influenciada pelo nervosismo internacional gerado por uma tentativa de ataque terrorista frustrada pela polícia de Londres. Entretanto, o bom desempenho de Wall Street no final do pregão influenciou o mercado nacional e o índice Ibovespa fechou em alta de 0,26%, aos 37.353 pontos. O volume financeiro desta quinta-feira foi de R$ 2,248 bilhões.

Os investidores ficaram apreensivos durante a manhã com a possibilidade de novos ataques terroristas na Grã-Bretanha e o medo da desaceleração da economia norte-americana. Porém, a notícia de que lucros corporativos ficaram acima do esperado e a queda do petróleo, que fechou cotado a R$ 74, influenciou positivamente as bolsas dos EUA e, por conseqüência, o mercado brasileiro.

O dólar comercial fechou em queda nesta quinta, garantido pela entrada de recursos externos no país. A moeda norte-americana registrou desvalorização de 0,36%, cotada a R$ 2,158 na compra e R$ 2,160 na venda.

O risco-Brasil, que mede a desconfiança do investidor internacional com relação ao país, voltou a cair nesta quinta e atingiu um novo nível mínimo histórico. O indicador recuou 1,44% e atingiu os 205 pontos-base. O recorde mínimo anterior havia sido atingido nesta quarta, quando o risco-país ficou em 206 pontos, menor patamar desde que começou a ser medido, em 1994.

A queda do risco-país em países emergentes como o Brasil é reflexo do anúncio do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) que interrompeu na terça-feira o ciclo de alta dos juros americanos pela primeira vez em dois anos. Depois de 17 aumentos consecutivos, a taxa foi mantida em 5,25% ao ano.