A greve acontece em um momento crítico para a indústria automobilística sul-coreana que, após a crise asiática de 1997, começava a ter êxito nos mercados estrangeiros.
Autoridades informaram que a greve poderia significar perdas diárias de US$ 44 milhoes. O movimento dos operários foi motivado pelo projeto de venda, mediante leilao, da Daewoo Motor, o que reativou o debate sobre a eventual cessao das principais companhias nacionais a firmas estrangeiras.
Operários da Hyundai Motor, maior montadora sul-coreana, convocaram uma greve de seis dias que se estendeu rapidamente à sua filial, Kia Motors, e à Sangyong Motor, afiliada da Daewoo Motor, cujos operários estao em greve desde a última sexta-feira.
``Todas as linhas de produçao estao paralisadas', declarou Kim Hyun-Sik, líder sindical da fábrica da Hyundai na cidade de Ulsan, no Sudeste do país.
``Nos outros setores, como o de vendas, o trabalho também parou em todo o país, atendendo à convocaçao dos sindicatos', acrescentou.
A greve paralisou as fábricas da Hyundai em Ansa e Chonju, no Sudoeste do país, declarou Yu Chong-Ryul, responsável da coordenaçao entre trabalhadores e patroes. Ele afirmou que a greve nacional deve se estender até a próxima quarta-feira e que uma greve parcial poderia prolongar a agitaçao social.
``A greve pode continuar, de maneira indefinida, se o governo nao abandonar o projeto de venda da Daewoo Motor a uma empresa estrangeira', advertiu.
A cessao da Daewoo Motor, que com uma capacidade de produçao anual de dois milhoes de veículos é a segunda maior montadora sul-coreana, acontece durante um processo de reforma econômica que prevê o desmantelamento do grupo Daewoo, que possui dívidas de US$ 70 bilhoes.
As duas grandes empresas automobilísticas dos Estados Unidos, Ford e General Motors, a italiana Fiat e a alema Daimler-Chrysler, assim como a Hyundai, sao candidatas à compra da Daewoo Motor.
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