Economia Titulo Deflação
Preço do aluguel no Grande ABC tem queda real de 6,6% em janeiro

Diminuição da procura está entre as explicações para barateamento

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
16/02/2016 | 07:16
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Divulgação


O preço médio dos aluguéis de imóveis na região caiu 6,61% nos últimos 12 meses, informa pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo portal Zap Imóveis e que foi divulgada ontem. O percentual de queda é referente à variação real, ou seja, já leva em conta a inflação acumulada do período, de 10,71%, conforme o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). De dezembro para janeiro, a redução foi de 0,45%.

O levantamento considera apenas os preços dos novos contratos, e não os já vigentes. Esses geralmente são atualizados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) no aniversário de um ano da locação.

A pesquisa é feita em 11 cidades do País com base em anúncios publicados na internet. Na média, houve queda real de 12,98% nos preços em 12 meses, e de 1,41% em janeiro. O único município do Grande ABC que integra a sondagem é São Bernardo. Porém, o empresário Miguel Colicchio, o Guta, da Colicchio Imóveis, de Santo André, avalia que os números da região são semelhantes. Para ele, a desvalorização é reflexo do atual momento da economia brasileira. “O desemprego faz com que a procura caia.”

O diretor-geral do portal Zap Imóveis, Eduardo Schaeffer, projeta que os preços devem continuar a cair. Entretanto, prevê que as tarifas de aluguel voltem a subir antes da recuperação no mercado de venda de imóveis. “Com a saída do investidor padrão na compra de imóveis e a redução no número de lançamentos imobiliários, somado ao fato de hoje haver mais demanda para locação do que para venda, o aluguel pode voltar a ser visto como atrativo, o que deve elevar os preços.” Mesmo assim, ele salienta que isso só deverá acontecer depois do último trimestre.

Schaeffer acrescenta que, para não perder os inquilinos, proprietários estão frequentemente negociando as taxas com os contratos ainda vigentes, o que antes dificilmente ocorria. Em caso de rescisão antes do prazo, é cobrada multa ao locatário. Mesmo assim, ele salienta que os donos de imóveis optam por manter o acordo para não ter de arcar com despesas como condomínio e impostos. 




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